A Beija-Flor de Nilópolis, uma das mais tradicionais escolas de samba do Brasil, homenageará o carnavalesco Luiz Fernando Ribeiro do Carmo, o Laíla, que faleceu em 2021 devido à Covid-19. Com 14 títulos no carnaval carioca, sendo 13 deles sob sua direção, a escola destaca que, embora oficialmente tenha doze vitórias, o primeiro título, em […]
A Beija-Flor de Nilópolis, uma das mais tradicionais escolas de samba do Brasil, homenageará o carnavalesco Luiz Fernando Ribeiro do Carmo, o Laíla, que faleceu em 2021 devido à Covid-19. Com 14 títulos no carnaval carioca, sendo 13 deles sob sua direção, a escola destaca que, embora oficialmente tenha doze vitórias, o primeiro título, em 1976, não foi creditado a ele por questões religiosas. O atual carnavalesco, João Vitor Araújo, afirma que a proposta é “humanizar” o legado de Laíla, ressaltando seu impacto na escola e em outras agremiações.
O desfile deste ano, que ocorrerá na segunda noite de apresentações, marcará a despedida de Neguinho, cantor da escola. Araújo menciona que a Beija-Flor se tornou um “rolo compressor” devido ao trabalho de harmonia e ensaio que Laíla implementou, reduzindo o número de alas comerciais de 30 para apenas duas atualmente. O enredo “Laíla de Todos os Santos, Laíla de todos os sambas” irá explorar sua fé e talentos, destacando sua formação musical e sua contribuição para álbuns de samba-enredo.
O desfile também relembrará momentos marcantes da carreira de Laíla, incluindo o famoso enredo de 1989, “Ratos e urubus, larguem minha fantasia”, que contou com a colaboração do renomado carnavalesco Joãosinho Trinta. Araújo planeja realizar um ritual de defumação, seguindo tradições de Laíla, e acredita ter recebido uma autorização espiritual do homenageado, após sonhar com ele. Funcionários do barracão relataram ter visto o espírito de Laíla, reforçando a conexão com sua memória.
A letra do samba-enredo, que será apresentada, reflete a trajetória de Laíla, abordando sua dualidade espiritual e sua influência na comunidade. Com versos que evocam sua presença e legado, a Beija-Flor promete um desfile emocionante, celebrando não apenas a vida de Laíla, mas também a cultura e a história do samba, reafirmando seu papel como um símbolo de resistência e identidade.
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