A Bienal do Livro no Rio de Janeiro, que terminou recentemente, destacou a ficção policial como um dos gêneros mais populares, especialmente entre os jovens. O evento, realizado no Riocentro, apresentou lançamentos e experiências interativas, como o Escape Bienal e o jogo literário “Assassinato no Parque Lage”. Obras de Agatha Christie e autores como Raphael Montes atraíram o público, com os livros de Christie ficando em segundo lugar nas vendas da editora Harper Collins. O jogo de Luciana de Gnome oferece uma nova forma de interação com a leitura, enquanto o Escape Bienal permitiu que os visitantes resolvessem mistérios. A narrativa policial também se diversificou, incluindo vozes de autores não brancos e da comunidade LGBTQIAP+, refletindo experiências antes ignoradas. O fenômeno BookTok ajudou a aumentar o interesse por esse gênero, com jovens como Bruno Silva se tornando leitores influenciados por recomendações online, com a obra de Agatha Christie servindo como uma porta de entrada para a literatura.
A Bienal do Livro no Rio de Janeiro, encerrada ontem, destacou a ficção policial como um dos gêneros mais atrativos, especialmente entre os jovens. O evento, realizado no Riocentro, trouxe uma variedade de lançamentos e experiências interativas, como o Escape Bienal e o jogo literário “Assassinato no Parque Lage”.
Durante a Bienal, obras de Agatha Christie e autores contemporâneos, como Raphael Montes, conquistaram o público. No primeiro fim de semana, os livros da autora britânica ficaram em segundo lugar nas vendas da editora Harper Collins, perdendo apenas para livros de colorir. O título “A empregada”, de Freida McFadden, também se destacou, ocupando o quarto lugar entre os mais vendidos.
Novas Narrativas
A autora Luciana de Gnome, mediadora de uma mesa sobre o gênero, lançou o jogo “Assassinato no Parque Lage”, que apresenta uma narrativa inovadora. O jogo, que simula investigações com documentos em envelopes lacrados, busca integrar experiências imersivas à leitura. Camila Carneiro, da Harper Collins, ressaltou a relevância do gênero, afirmando que ele combina clássicos e novas vozes.
Além disso, o Escape Bienal ofereceu aos visitantes a oportunidade de resolver mistérios em um ambiente temático, com a participação de renomados autores de suspense. Amanda Orlando, da Globo Livros, destacou que a narrativa policial tem se tornado mais sofisticada, abordando questões contemporâneas como classe social e assédio moral.
Inclusão e Diversidade
A presença de vozes diversas, incluindo autores não brancos e da comunidade LGBTQIAP+, tem ampliado o escopo das histórias policiais. A influenciadora Milena Enevoada comentou sobre a importância dessas narrativas, que agora refletem vivências antes invisibilizadas. O fenômeno BookTok também contribui para o crescimento do interesse por esse gênero, com mais de um bilhão de visualizações da hashtag #BookTokBrasil.
Bruno Silva, de 18 anos, exemplificou essa nova geração de leitores, atraído por recomendações de influenciadores. Para muitos jovens, a obra de Agatha Christie se tornou uma porta de entrada para a literatura adulta, criando uma cultura de acessibilidade e interesse duradouro pelo gênero.
Entre na conversa da comunidade