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Avram Finkelstein explora a dor e a mobilidade em ‘Something Terrible Has Happened’

Avram Finkelstein, artista e ativista, estreia sua primeira exposição solo em Nova York, abordando a dor e a mobilidade em "Something Terrible Has Happened".

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Por Revisado por: Time de Jornalismo Portal Tela
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Avram Finkelstein, artista e ativista, está apresentando sua primeira exposição individual em Nova York, chamada “Something Terrible Has Happened (Corpus Fluxus)”. A mostra reflete sua experiência pessoal com a dor e a mobilidade, utilizando grandes desenhos e impressões digitais em estruturas que ajudam na sua locomoção. A figura do golem, uma criatura do folclore judaico, é central na exposição, destacando a obra “Golem (BRAF V600E mutation)”, que representa uma mutação genética relacionada ao câncer de tireoide do artista. O espaço da galeria é descrito como um “salão de dança experimental”, promovendo acessibilidade e experiências sensoriais. Finkelstein também aborda temas de amor e perda em obras que retratam momentos íntimos e gestos de afastamento, refletindo sobre suas relações pessoais. A exposição revisita sua adolescência e experiências de ativismo, mostrando como ele transformou sua dor em arte.

Artista Avram Finkelstein estreia exposição individual em Nova York após décadas de ativismo

O artista e ativista Avram Finkelstein, conhecido por seu trabalho em grupos como ACT UP e Gran Fury, apresenta sua primeira exposição individual em Nova York. A mostra, intitulada “Something Terrible Has Happened (Corpus Fluxus)”, explora a experiência pessoal do artista com a doença e a dor. A exposição está em cartaz na Smack Mellon e reflete sobre a mobilidade e a relação entre os corpos.

Obra dialoga com a experiência da dor e a perda de mobilidade

As obras expostas incluem grandes desenhos e impressões digitais, dispostas em paredes, tetos e estruturas metálicas com rodas. Essas estruturas servem como dispositivos de mobilidade para Finkelstein em seu estúdio. A produção artística revela um corpo em constante transformação, evidenciado na mudança da qualidade do traço do artista, que acompanha sua perda de mobilidade.

Golem: figura central na representação da experiência pessoal

A figura do golem, criatura do folclore judaico feita de barro, é recorrente na exposição. A obra “Golem (BRAF V600E mutation)”, de 2024, retrata uma figura gigante em tons de laranja e vermelho emergindo de um espaço escuro. A obra é um autorretrato baseado em imagens de microscopia celular, representando uma mutação genética no câncer de tireoide do artista, que dificulta o tratamento.

Espaço da exposição como um convite à experiência e à acessibilidade

Finkelstein descreve o espaço da galeria como um “salão de dança experimental”, onde a ativação do espaço é uma forma de criar acessibilidade, indo além das experiências visuais e cognitivas. A obra “Black Golem (after Bergman)”, de 2024, utiliza reflexos ópticos e psíquicos, com uma figura silhuetada em sacolas de supermercado e um espelho que distorce a imagem.

Relações e memórias: a representação do amor e da perda

A exposição também aborda temas como o amor e a perda, com obras como “Golem (Don’s bath)” e “Golem (Go away)”. A primeira retrata o amante de Finkelstein, Don, em um momento íntimo, enquanto a segunda representa um gesto de afastamento, remetendo à perda do primeiro parceiro do artista para a AIDS em 1984. As obras convidam à reflexão sobre a relação entre os corpos e a capacidade de sentir.

Trauma e ativismo: a trajetória de um artista engajado

A exposição também revisita a experiência de Finkelstein na adolescência, quando tentou se assumir e foi submetido a terapia. A obra “Thematic Apperception Test, (something terrible has happened)”, de 2022, recria uma imagem que o artista descreveu como “algo terrível aconteceu”, em vez da interpretação esperada de “pais amorosos verificando seus filhos”. A exposição celebra a trajetória de um artista que, através do ativismo, transformou um mundo hostil.

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