20 de jan 2025
Morte da mãe inspira poeta irlandês a criar livro que une poesia e videogame
Stephen Sexton, poeta irlandês, começou a escrever após a morte da mãe em 2012. Seu livro "Se o mundo e o amor fossem jovens" combina poesia e videogames. Cada bloco de poemas é estruturado como fases de um jogo, aumentando a complexidade. O autor utiliza referências literárias e artísticas, de Petrarca a Shakespeare. A obra, publicada no Brasil, reflete sobre a fragilidade da vida e a dor.
Foto:Reprodução
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O poeta irlandês Stephen Sexton iniciou sua jornada literária aos 23 anos, em 2012, após a morte de sua mãe devido ao câncer. Em meio a fotografias antigas, encontrou uma imagem sua jogando Super Nintendo, capturada por sua mãe, que o fez refletir sobre a fragilidade da vida e as memórias associadas a esse momento. Em 2019, Sexton conquistou o Foward Prize, um dos mais prestigiados prêmios para jovens poetas da Grã-Bretanha, com sua obra “Se o mundo e o amor fossem jovens”, agora disponível no Brasil pela editora Círculo de Poemas, traduzida por Ana Guadalupe.
O título do livro remete a um poema de Sir Walter Raleigh, que explora os desafios do amor. Sexton combina elementos da poesia pastoral inglesa com cenários inspirados em videogames, criando um ambiente onde a natureza e os sentimentos se entrelaçam. Sua habilidade em construir mundos imaginários remete a seu trabalho anterior, “Oils”, que foi influenciado por obras de artistas como Vincent Van Gogh. A iminência da morte, um tema recorrente nos jogos, é abordada por Sexton, refletindo sobre a fragilidade da vida.
No primeiro bloco de poemas, “Yoshi’s Island”, o autor descreve um mundo em transformação, repleto de referências ao universo de Super Mario, como plantas carnívoras e lava. A figura da mãe aparece em momentos de nostalgia e dor, especialmente em “Donut Secret 2”, onde a fragilidade da saúde é retratada de forma impactante. No bloco “Forest of Illusion”, Sexton menciona seres mitológicos, como o ent de J. R. R. Tolkien e o Kappa, uma criatura da mitologia japonesa, ampliando as referências culturais de sua obra.
“Se o mundo e o amor fossem jovens” é estruturado como um jogo, onde a complexidade aumenta à medida que o leitor avança. Sexton utiliza uma vasta gama de referências literárias, de Petrarca a Shakespeare, enriquecendo sua poesia. A obra, escrita em um curto período de dois meses, revela que a dor é uma força poderosa na criação artística, mostrando a profundidade da experiência humana e a busca por significado em meio ao sofrimento.
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