09 de jun 2025
Sly Stone faleceu aos 82 anos
Figura seminal na música americana, morte aconteceu após uma longa batalha contra a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica e outras condições de saúde

Foto:Reprodução
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Sly Stone, uma figura seminal na música americana, faleceu aos 82 anos, após uma longa batalha contra a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) e outras condições de saúde subjacentes. A notícia de sua morte foi divulgada por meio de um comunicado da família, que enfatizou a presença de seus filhos e amigos mais próximos em seus últimos momentos. A perda de Sly Stone não é apenas uma tragédia pessoal, mas também um marco na história da música, dado seu impacto duradouro e a relevância de seu legado musical.
Nascido Sylvester Stewart em 1943, em uma família religiosa pentecostal no Texas, Sly cresceu na vibrante cena musical da área da baía de São Francisco. Desde cedo, ele se destacou como um talentoso multi-instrumentista e DJ de rádio, o que o levou a formar várias bandas locais. Sua trajetória musical começou com o quarteto gospel Stewart Four, mas foi a fusão de sua banda, Sly and the Stoners, com o grupo de seu irmão, Freddie and the Stone Souls, que resultou na formação de Sly and the Family Stone em 1966. Essa nova formação não apenas revolucionou a música funk, mas também se tornou um símbolo da diversidade racial e estilística da época.
O grupo alcançou o estrelato com sucessos como "Dance to the Music" e "Everyday People", que se tornaram hinos de uma geração. O álbum de 1971, "There's a Riot Goin' On," é frequentemente considerado uma obra-prima, refletindo a desilusão e a complexidade da era dos direitos civis e da contracultura. Este álbum, em particular, foi notável por seu som sombrio e introspectivo, que contrastava com a energia vibrante de seus trabalhos anteriores, e foi criado em grande parte por Sly, que se distanciou de sua banda durante a gravação.
No entanto, a ascensão de Sly Stone foi acompanhada por desafios pessoais significativos. O uso crescente de drogas, especialmente cocaína, começou a afetar sua carreira e a dinâmica da banda. Durante os anos 70, a produção musical do grupo tornou-se irregular, e a banda enfrentou uma série de problemas, incluindo no-shows em concertos e conflitos internos. A partir de 1975, Sly continuou a usar o nome da banda para seus lançamentos solo, mas a qualidade e a frequência de suas produções diminuíram drasticamente.
A década de 1980 trouxe mais dificuldades, incluindo problemas legais relacionados ao uso de drogas, que culminaram em uma prisão em 1989. Apesar de seus desafios, Sly Stone continuou a ser uma figura influente, colaborando com outros artistas e eventualmente retornando aos palcos em 2006, após um longo hiato. Sua presença em eventos como o Grammy e o festival Coachella, embora marcada por performances irregulares, lembrou ao público seu impacto inegável na música.
Em seus últimos anos, Sly enfrentou dificuldades financeiras, exacerbadas por disputas de royalties e problemas de saúde. Em 2015, ele ganhou um processo contra seu ex-gestor, mas as complicações legais impediram que recebesse a compensação devida. A vida de Sly Stone, que incluiu um período em que viveu em uma van, destaca não apenas os altos e baixos de sua carreira, mas também a luta contínua de muitos artistas que enfrentam desafios semelhantes.
A família de Sly Stone enfatizou sua importância como um inovador e pioneiro, cujas canções deixaram uma marca indelével na música pop, funk e rock. Recentemente, ele completou um roteiro sobre sua vida, que promete trazer à tona sua história rica e complexa, complementando um livro de memórias programado para ser lançado em 2024. A narrativa de Sly Stone é uma tapeçaria de talento, luta e resiliência, refletindo não apenas sua contribuição para a música, mas também as realidades sociais e pessoais que moldaram sua vida e carreira.
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