O filme “Babygirl”, lançado em janeiro, inicia e encerra com cenas que refletem a complexidade da sexualidade feminina, destacando a atuação de Nicole Kidman como uma CEO de tecnologia que se envolve com um estagiário, interpretado por Harris Dickinson. Apesar das críticas que apontam para um enredo mediano e personagens mal desenvolvidos, a obra provoca […]
O filme “Babygirl”, lançado em janeiro, inicia e encerra com cenas que refletem a complexidade da sexualidade feminina, destacando a atuação de Nicole Kidman como uma CEO de tecnologia que se envolve com um estagiário, interpretado por Harris Dickinson. Apesar das críticas que apontam para um enredo mediano e personagens mal desenvolvidos, a obra provoca discussões sobre a sexualidade das mulheres acima dos 45 anos, desafiando estereótipos e mostrando que elas continuam a viver suas fantasias.
A narrativa, que inclui um triângulo amoroso com o marido interpretado por Antonio Banderas, é vista por alguns como uma reflexão sobre a menopausa e os limites do desejo feminino. A diretora, uma mulher, e a protagonista, de 57 anos, trazem à tona a ideia de que a sexualidade feminina é ilimitada e poderosa, conforme discutido por filósofas como Helène Cixous e Catherine Malabou. Elas argumentam que a sexualidade não deve ser reduzida a clichês ou a uma simples associação com o apetite sexual.
O filme também aborda a relação entre desejo e poder, com o marido de Kidman fazendo referência a Lacan, afirmando que “o masoquismo feminino é uma fantasia masculina”. Essa afirmação provoca risadas nas mulheres que assistem, revelando que a busca pelo prazer e a vulnerabilidade podem coexistir. A obra sugere que a liberdade feminina é uma luta constante, onde a mulher se entrega ao prazer sem perder seu poder.
Por fim, “Babygirl” apresenta uma protagonista que, mesmo em situações de submissão, mantém sua força e desejo de liberdade. A obra desafia a visão tradicional da sexualidade feminina, mostrando que as mulheres podem explorar suas fantasias em todas as fases da vida, reafirmando que o prazer é uma parte integral de sua existência.
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