Nos últimos anos, o Festival de Cannes se tornou muito importante para filmes que querem ganhar prêmios, especialmente o Oscar. Antes, muitos acreditavam que participar de Cannes poderia prejudicar as chances de um filme, preferindo o Festival de Veneza, que acontece mais tarde no ano. No entanto, desde que “Parasita” ganhou o Oscar após vencer em Cannes, essa ideia mudou. Em 2025, 31 filmes que estrearam em Cannes foram indicados ao Oscar, um número recorde. Entre eles estão produções de vários países, como “Emília Pérez” e “Anora”, que ganhou várias estatuetas. O delegado do festival, Thierry Frémaux, comentou que Cannes agora é visto como um lugar importante tanto para a arte quanto para o sucesso comercial. Muitos filmes que foram exibidos em Cannes também tiveram boas bilheteiras, mostrando que o festival ajuda a promover os filmes. Apesar de algumas regras rígidas, Cannes se firmou como uma vitrine essencial para cineastas e estúdios, que buscam a visibilidade que o festival oferece.
O Festival de Cannes, tradicionalmente visto como um evento que poderia prejudicar as chances de filmes na corrida pelo Oscar, tem se consolidado como uma plataforma essencial para obras que buscam reconhecimento na temporada de prêmios. Em 2025, trinta e uma indicações ao Oscar foram atribuídas a filmes que estrearam na mostra de 2024, evidenciando a crescente influência do festival francês.
Historicamente, a Palma de Ouro de Cannes não se traduzia em sucesso no Oscar. Por décadas, apenas “Marty” (1955) conseguiu vencer ambos os prêmios no ano seguinte. Essa percepção começou a mudar com o sucesso de “Parasita” (2019), que conquistou o Oscar de melhor filme após ganhar em Cannes. Nos últimos três anos, filmes como “Triângulo da tristeza” (2023) e “Anatomia de uma queda” (2023) também saíram de Cannes com a Palma de Ouro e foram indicados ao Oscar.
A edição deste ano do festival, que ocorre de 13 a 24 de maio, já gera especulações sobre quais filmes poderão se destacar no Oscar de 2026. Entre os candidatos estão “O esquema fenício”, de Wes Anderson, e “Nouvelle vague”, de Richard Linklater. Thierry Frémaux, delegado geral do festival, destacou a importância da conexão entre Cannes e o Oscar, afirmando que a repercussão dos filmes se estende por quase um ano.
Além de sua relevância no calendário, Cannes também enfrenta desafios, como suas rígidas regras de seleção. A mostra prioriza filmes com distribuição garantida na França e impõe janelas de lançamento para produções de plataformas de streaming. Apesar disso, o festival se tornou um mercado importante, com sete títulos da competição de 2023 e 2024 alcançando bilheteiras superiores a R$ 40 milhões.
O impacto de Cannes na indústria cinematográfica é inegável. Tom Quinn, da Neon, distribuidora de filmes premiados, afirmou que o festival é crucial para o sucesso de suas produções. A pressão para participar é alta, com um recorde de dois mil novecentos e nove filmes inscritos para esta edição. A busca por visibilidade em Cannes continua a ser um objetivo central para cineastas e produtores.
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