Brain rot: fenômeno viral de memes gerados por IA conquista redes sociais em 2025

Consumir conteúdos de baixa qualidade nas redes sociais agora tem um nome: brain rot. O termo, que se popularizou em 2007 no Twitter, voltou a ganhar destaque com o surgimento do "brain rot italiano" no TikTok. Essa nova vertente apresenta personagens como Tralalero Tralala, um tubarão que usa tênis da Nike, e memes gerados por inteligência artificial (IA).

A Oxford University Press escolheu "brain rot" como a palavra do ano em 2024, enfatizando os riscos do consumo excessivo de conteúdo virtual. O termo descreve a sensação de deterioração mental após longas horas assistindo a vídeos e memes sem sentido. Dados do Google Trends mostram que o interesse por esse fenômeno cresceu desde abril de 2025.

O fenômeno no TikTok

Os vídeos do "brain rot italiano" começaram a viralizar em janeiro de 2025, com a popularidade de Tralalero Tralala. Desde então, o universo dos personagens se expandiu, incluindo figuras como Ballerina Cappuccino e Tung Tung Tung Sahur. A hashtag #brainrot já reúne 1,4 milhão de vídeos, com personagens que interagem em cenários absurdos e trilhas sonoras criadas por IA.

Clubes de futebol, como PSG e Juventus, e empresas como a Ryanair, estão aproveitando essa tendência em suas redes sociais. Guta Tolmasquim, fundadora da Purple Metrics, afirma que usar tendências é uma estratégia eficaz para marcas se conectarem com o público. O TikTok, em particular, é um espaço ideal para essa interação, já que a geração Z está à frente da gestão das redes sociais.

Impacto cultural e comercial

O brain rot não se limita ao TikTok; ele também se espalhou pelo Instagram e X, antigo Twitter. Funks inspirados nas narrações de IA foram criados, e playlists surgiram no Spotify. Camisetas gráficas com os personagens estão à venda na Shopee, refletindo a popularidade crescente desse fenômeno cultural.

Com a participação ativa de gerações Alpha e Z, o brain rot se tornou um elemento significativo na cultura digital contemporânea. O fenômeno destaca a necessidade de reflexão sobre o consumo de conteúdo nas redes sociais e seus efeitos na saúde mental.