04 de mar 2025
Mudanças no consumo de vinho impulsionam a indústria a se reinventar
O consumo global de vinho caiu 2,6% em 2023, atingindo níveis de 1961. A produção de vinho enfrenta desafios climáticos, especialmente na França. Vinhos orgânicos e não alcoólicos crescem, atraindo jovens preocupados com saúde. O mercado de vinhos não alcoólicos deve crescer 12% até 2027, superando cervejas. Mudanças nas preferências geram interesse em vinhos artesanais e de qualidade.
Foto:Reprodução
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A indústria do vinho enfrenta um cenário desafiador, com a consumo global em queda constante nos últimos anos. De acordo com a Organização Internacional da Vinha e do Vinho, a produção mundial de vinho caiu cerca de 2% em 2023, atingindo os níveis mais baixos desde 1961. Fatores climáticos e eventos adversos, especialmente na França, impactaram significativamente a oferta, levando a uma diminuição no consumo, que recuou 2,6% em relação a 2022.
Richard Halstead, COO da IWSR, observa que os consumidores estão buscando beber menos, mudando o vinho de uma bebida cotidiana para uma opção ocasional. Essa mudança de comportamento impulsionou a demanda por vinhos orgânicos, vinhos laranja e opções não alcoólicas, que estão se tornando mais populares. Halstead destaca que os consumidores estão mais interessados na qualidade e na origem do vinho, buscando experiências mais artesanais e controladas.
O mercado de vinhos orgânicos deve crescer a uma taxa anual composta de 10,3% entre 2024 e 2030, com a Europa liderando em receita. Tatiana Fokina, CEO da Hedonism Wines, observa que os consumidores estão mais educados sobre os vinhos que escolhem, preferindo investir em garrafas de maior qualidade. Além disso, a demanda por meias garrafas está aumentando, refletindo uma mudança nas preferências dos consumidores.
A geração Z, que representa 45% dos consumidores, está impulsionando o crescimento de vinhos sem álcool. Pesquisas indicam que jovens de 20 a 24 anos no Reino Unido compram bebidas alcoólicas com metade da frequência de gerações mais velhas, priorizando escolhas de bem-estar. O mercado de bebidas não alcoólicas está projetado para crescer 12% entre 2023 e 2027, superando o crescimento de 2% de cervejas e sidras, conforme destacado pelo CEO da AB InBev, Michel Doukeris.
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