06 de mar 2025
Inteligência artificial desafia degustadores profissionais em competição de vinhos
No dia 15 de março, degustadores enfrentarão a IA DeepRed em competição. DeepRed, da M&Wine, analisa dados de mais de 35 mil vinhos para identificar. Evento visa testar limites da tecnologia, não substituição de degustadores. Análise de vinhos inclui elementos minerais que definem a assinatura de cada um. Tecnologia pode ajudar na rastreabilidade e combate à falsificação de vinhos.
Foto:Reprodução
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No dia 15 de março, uma competição inusitada ocorrerá no campeonato de degustação à cegas da França, onde uma dúzia de degustadores profissionais se confrontará com a inteligência artificial DeepRed, desenvolvida pela empresa M&Wine. O objetivo é avaliar a capacidade da tecnologia em identificar o país de origem, a denominação, o principal tipo de uva, o ano da colheita e o produtor de uma seleção de vinhos, incluindo brancos, tintos e espumantes. Philippe de Cantenac, organizador do evento, destaca que a iniciativa é experimental e visa explorar as limitações da IA.
DeepRed, nome inspirado no supercomputador Deep Blue da IBM, utiliza um sofisticado cruzamento de dados e inteligência artificial para realizar suas análises. Teodoro Tillement, diretor da M&Wine, explica que a tecnologia foi desenvolvida com base em pesquisas do Instituto Lumière Matière de Lyon e do laboratório de Engenharia de Materiais Poliméricos. A IA identifica vinhos a partir de 40 elementos minerais, cuja concentração forma uma assinatura única para cada rótulo, refletindo o terroir e as práticas vitícolas.
A M&Wine compilou uma base de dados com mais de 35 mil vinhos de cerca de cinquenta países, permitindo que a IA busque correspondências com as análises realizadas. Essa tecnologia pode ser útil para garantir a autenticidade dos vinhos, ajudando, por exemplo, os negociantes a confirmar se o conteúdo da garrafa corresponde ao que foi adquirido. Contudo, DeepRed ainda enfrenta desafios, como a dificuldade em analisar vinhos de safras mais antigas e de assemblagens.
A degustação à cegas servirá como um teste para a tecnologia, que ainda não é infalível. Teodoro Tillement ressalta que o evento proporcionará uma oportunidade de aprendizado e aprimoramento para a IA. Assim, o encontro entre degustadores e tecnologia promete trazer novas perspectivas sobre o futuro da degustação de vinhos.
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