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22 de abr 2025

Madiran: a riqueza dos terroirs e a versatilidade do tannat na viticultura do Sud-Ouest

A AOC Madiran, no Sud Ouest da França, destaca se pela versatilidade do tannat, com vignerons inovando na vinificação para realçar suas características.

Foto:Reprodução

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Vinhos de Madiran exploram a diversidade do tannat em solos franceses

A região de Madiran, no sudoeste da França, destaca-se pela produção de vinhos robustos, com foco na uva tannat. Vignerons buscam novas práticas para expressar a diversidade da casta e aumentar sua proporção nos blends, visando maior complexidade.

Os vinhedos da AOC Madiran estão localizados no sopé dos Pirenéus, abrangendo três departamentos. As vinhas se distribuem em encostas com orientações norte-sul e solos variados, incluindo cascalho, argila-silice e argila-calcária.

Solos e hidratação influenciam a maturação das uvas

A maioria das encostas apresenta solos com cascalho, que induzem uma restrição hídrica moderada e progressiva, favorecendo a maturação das uvas. Solos argilosos garantem boa regulação hídrica, enquanto solos arenosos com cascalho ou grep endurecido podem limitar o acesso da raiz à água.

Alain Brumont, do Château Montus, explora o terroir de Madiran há mais de quarenta anos, experimentando diferentes terroirs, castas e assemblages. Seu gendre, Antoine Veiry, continua esse trabalho, buscando aprimorar a expressão dos vinhos.

Potência e suavidade em diferentes altitudes

Os vinhos do Château Bouscassé, provenientes de solos argilo-calcários, exibem potência. Já os vinhos do Château Montus, de parcelas mais altas com argilas ricas em cascalho, são mais suaves. A vinícola planeja trabalhar com cuves menores para separar ainda mais as origens dos vinhos.

Philippe Mur, do Clos Basté, busca expressar a identidade do terroir através do tannat, com uma extração justa e precisa. As parcelas de Hagedet, com solos argilo-calcários, e Saint-Lanne, com argilas e cascalho, resultam em vinhos distintos.

Exploração de terroirs e busca pela expressão do tannat

Bastien Lanusse, do Château du Pouey, explora as facetas de seu terroir para escolher a melhor forma de expressá-las na garrafa. A cuvée Gaïa combina uvas de Arrosès e Viella, ajustando o assemblage conforme o ano para equilibrar a expressão dos vinhos.

Christine Dupuy, do Domaine Labranche Laffont, aposta na segmentação das parcelas para obter taninos justos, adaptando a extração ao caráter dos frutos de cada zona. A vinícola espera que a autorização para aumentar a proporção de tannat para 90% seja aprovada, valorizando ainda mais a casta.

Diversidade e potencial dos vinhos de Madiran

Os vinhos de Madiran demonstram a versatilidade do tannat, que se adapta a diferentes solos e altitudes. A região busca explorar a diversidade de expressões da casta, com vignerons investindo em novas plantações e experimentando diferentes técnicas de vinificação.

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