Drake processa UMG por difamação após polêmica com Kendrick Lamar

Na noite de terça-feira, a comunidade do rap foi surpreendida com a notícia de que Drake retirou sua ação legal contra a Universal Music Group (UMG) e o Spotify, acusando-os de usar bots e payola para promover a diss track de Kendrick Lamar, “Not Like Us”. Embora muitos advogados nas redes sociais tenham declarado vitória e derrota, a retirada da ação parecia ser um movimento estratégico para algo mais sério. Na quarta-feira, foi revelado que o rapper de Toronto decidiu processar a UMG por difamação, alegando que a gravadora promoveu uma “narrativa falsa e maliciosa” e priorizou “a ganância corporativa em detrimento da segurança de seus artistas”.

Os advogados de Drake afirmam que um tiroteio envolvendo um de seus seguranças próximo à sua mansão em Toronto pode estar relacionado à diss track, ocorrendo dias após o lançamento da música. Eles argumentam que a “ganância da UMG resultou em consequências reais”, colocando em risco a segurança de Drake e de sua família. Além disso, um intruso foi preso tentando invadir a residência do rapper, que é amplamente conhecida e já foi destaque em videoclipes, como o de “Toosie Slide”.

O processo também inclui alegações menos sérias, como um erro dos advogados de Drake ao afirmar que Kendrick cresceu em Oakland, interpretando uma linha da música como uma ameaça à vida de Drake. Além disso, eles alegam que “Not Like Us” faz alusão à herança judaica de Drake, desconsiderando o contexto das letras que mencionam sua colaboração com artistas de Atlanta. A possibilidade de Drake vencer essa ação pode alterar a forma como diss tracks são tratadas no futuro, embora a decisão de processar possa prejudicar sua imagem no cenário do rap.

A situação é complexa, pois Drake, ao processar por uma diss, pode ser visto como um outsider na cultura hip-hop, contradizendo as normas não escritas do gênero. Apesar de ter a chance de ganhar a ação, sua reputação entre os fãs de rap pode estar em risco, já que muitos não levam as letras de forma literal. Como um conhecido filósofo contemporâneo disse: “As ruas são as ruas, isso é indústria. Ninguém deve trazer advogados para batalhas.”