John Lydon critica turnê dos Sex Pistols sem sua presença: ‘é karaokê’

John Lydon, ex-vocalista e letrista dos Sex Pistols, expressou sua indignação em entrevistas recentes sobre a turnê da banda sem sua participação. Os Sex Pistols, agora liderados por Frank Carter, se apresentarão no dia 7 de setembro no festival The Town, em São Paulo, ao lado do Green Day. Lydon afirmou que ficou “irritado” ao saber da turnê, acreditando que isso comprometeria a essência da banda, que foi fundamental no movimento punk.

O ex-vocalista criticou os membros clássicos da banda, como Steve Jones e Paul Cook, sugerindo que a turnê é uma estratégia para lucrar. Ele declarou: “Eles estão tentando banalizar o show inteiro para se safarem com esse karaokê”, enfatizando que nunca comprometeu seus princípios em busca de dinheiro. Lydon também se referiu à turnê como uma forma de “karaokê”, ressaltando sua importância como criador das músicas e da imagem da banda.

Os Sex Pistols, conhecidos por seu impacto no punk rock com o álbum “Never mind the bollocks, here’s the Sex Pistols”, tiveram uma trajetória marcada por controvérsias e tragédias, incluindo a morte do baixista Sid Vicious em 1979. Após um hiato, a banda se reuniu em 1996 para a “Turnê do Lucro Indecente”, que incluiu apresentações no Brasil, e fez algumas aparições em 2007 e 2008.

Lydon, em outra entrevista, reiterou sua posição sobre a validade da turnê sem ele, afirmando: “Eu escrevi a porra das músicas, não foi?” Ele criticou a falta de autenticidade na nova formação da banda, comparando-a a projetos temporários como o Generation Sex, que misturou membros dos Sex Pistols e da banda Generation X de Billy Idol. A polêmica em torno da turnê destaca a divisão entre os membros originais e a nova direção da banda.