Gilberto Gil encanta Salvador com sua conexão única com o tempo e a cultura baiana

A visita a Salvador, destacada por Michel Nascimento, revela a singularidade da cidade, onde os empreendedores costumam nomear seus negócios com seus próprios nomes. Essa prática é vista como um símbolo de autoestima e resistência cultural, especialmente entre a população negra, que historicamente enfrentou barreiras para possuir bens e direitos. A autora compartilha sua experiência pessoal, ressaltando como Salvador foi um lugar onde se sentiu valorizada e reconhecida, recebendo elogios que refletem a cultura local.

Durante sua estadia, a autora observou diversos estabelecimentos que carregam nomes de seus proprietários, como o Bar da Mônica e o Acarajé da Dinha. Mesmo os negócios que não têm nomes pessoais ainda refletem as histórias de seus donos, como o Opaió de Érico Brás. Essa conexão entre os empreendimentos e suas origens é um testemunho da rica cultura baiana, que se destaca pela forma como seus habitantes se relacionam com o tempo e a tradição.

A autora expressa sua admiração pela maneira como os baianos percebem o tempo, contrastando com a ansiedade comum em outras regiões do Brasil, especialmente no Sudeste. Essa relação tranquila com o tempo é exemplificada em interações cotidianas, como a resposta a perguntas sobre o tempo de preparo de pratos típicos, que enfatiza a importância do momento presente. Essa filosofia de vida é um dos aspectos que tornam Salvador um lugar especial.

A experiência culminou com um show de Gilberto Gil, que, aos 82 anos, continua a encantar o público. A autora destaca a importância de ouvir suas músicas, como “Cálice”, e a generosidade do artista em compartilhar sua arte. A conexão entre Gil e sua cidade natal é inegável, refletindo a essência de um povo que valoriza suas raízes e a cultura que o define.