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Tony Tornado ergue punho em festival e celebra resistência da comunidade negra no Brasil

Tony Tornado, ícone da música e resistência, ergueu o punho no Festival Negritudes, relembrando sua luta e trajetória ao lado do filho Lincoln.

O cantor e ator Tony Tornado (Foto: Hermes de Paula / Agência O Globo)

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Tony Tornado, ícone da música brasileira, se apresentou no Festival Negritudes, onde, ao lado do filho Lincoln, ergueu o punho em sinal de resistência. O gesto remete à luta pela igualdade racial e à sua prisão em 1971, após um ato semelhante ao lado de Elis Regina.

O artista, que completará noventa e cinco anos no próximo dia 26, é lembrado por sua vitória no Festival Internacional da Canção de 1970, com a música “BR-3”. A canção, que aborda as dificuldades da vida sob a ditadura militar, ecoa a luta dos afrodescendentes por direitos e dignidade.

Durante o festival, Tornado compartilhou sua experiência ao lado de Elis Regina, que presidia o júri do evento em 1971. Ele recordou: “Quando ela cantou ‘Eu quero um homem de cor’, pensei: ‘Sou eu’. Subi ao palco, ergui o braço e fui preso.” Apesar da repressão, ele expressou orgulho de sua identidade negra.

Legado e Impacto

O Festival Negritudes também homenageou outros artistas como Alcione, Gilberto Gil e Neguinho da Beija-Flor. Tornado destacou a importância de sua parceria com Lincoln, afirmando que o filho o “tirou do asilo”. Essa declaração ressoou em um contexto onde muitos idosos enfrentam desafios significativos.

O Brasil, que envelhece rapidamente, apresenta dados preocupantes sobre a violência contra a população negra. Segundo o Atlas da Violência de 2023, quase três vezes mais chances de homicídio afetam pessoas negras em comparação a não negras. A taxa de mortalidade de idosos negros é alarmante, refletindo desigualdades históricas.

Ver Tony Tornado, quase aos noventa e cinco anos, levantar o punho novamente simboliza resistência e esperança. Sua presença no festival inspira e reafirma a luta por justiça e igualdade, especialmente em um momento em que o Brasil relembra os 137 anos da abolição da escravatura, ainda incompleta.

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