O filme “Eddington”, de Ari Aster, teve sua estreia no Festival de Cannes e gerou reações mistas. Com duas horas e meia de duração, a história se passa em uma cidade do Novo México e retrata a rivalidade política durante a pandemia, focando em um prefeito que defende o uso de máscaras e um rival negacionista. Joaquin Phoenix e Pedro Pascal são os protagonistas, e o filme reflete sobre a desinformação e a polarização política nos Estados Unidos. Aster fala sobre o medo e a ansiedade da sociedade atual, destacando a necessidade de reconexão entre as pessoas. A trama também critica tanto o negacionismo quanto os excessos da esquerda, usando eventos como a morte de George Floyd para discutir a hipocrisia de certos manifestantes. “Eddington” mistura comédia e violência, prometendo gerar debates sobre temas relevantes da atualidade.
Os aplausos contidos que “Eddington” recebeu ao final de sua estreia no Festival de Cannes na noite de sexta-feira (16) refletem o caráter polarizador do novo filme de Ari Aster, que concorre à Palma de Ouro. Com uma duração de duas horas e meia, o longa já começa a dividir opiniões, emulando a rivalidade política que retrata.
A trama se passa em uma cidade do Novo México e aborda o acirramento político durante a pandemia. O enredo gira em torno de um prefeito defensor do uso de máscaras que enfrenta um rival negacionista em sua campanha pela reeleição. Joaquin Phoenix e Pedro Pascal protagonizam a história, que se transforma em um retrato sombrio dos Estados Unidos pós-pandemia.
Aster descreve seu filme como uma resposta ao medo e à ansiedade que permeiam a sociedade atual. Ele destaca a dificuldade de discernir a realidade em um mundo marcado pelo hiperindividualismo. O diretor menciona que a única saída para essa crise é a reconexão entre as pessoas.
Temas Controversos
“Eddington” apresenta um xerife, interpretado por Phoenix, que se torna um candidato à prefeitura após perder a paciência com as exigências de uso de máscara. O rival, vivido por Pascal, tenta apresentar evidências científicas, mas o protagonista ignora a gravidade da situação. A narrativa também explora a influência de teorias da conspiração, alimentadas por personagens como a sogra do xerife, que consome conteúdo duvidoso na internet.
A trama, que inicialmente parece zombar do negacionismo, acaba por criticar também a esquerda, refletindo sobre os excessos de ambos os lados. Aster utiliza a morte de George Floyd e o movimento Black Lives Matter como pano de fundo para explorar a hipocrisia de manifestantes que, em sua maioria, pertencem a classes privilegiadas.
“Eddington” se destaca como uma comédia de erros que evolui para uma série de eventos violentos, capturando o espírito de um tempo conturbado. O filme promete gerar debates acalorados sobre a desinformação e a polarização política, temas cada vez mais relevantes na sociedade contemporânea.
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