- Alma Anville, professora de filosofia e ética, é a protagonista do filme “Caza de brujas”, dirigido por Luca Guadagnino.
- O filme aborda temas como poder, consentimento e revitimização, gerando discussões na Mostra de Veneza.
- Julia Roberts, que atua na película, defendeu a narrativa contra críticas que alegam que o filme desmerece a luta feminista.
- Guadagnino destacou que a obra busca refletir sobre as complexidades das relações humanas, sem promover um manifesto.
- “Caza de brujas” surge em um contexto social onde as discussões sobre assédio e consentimento estão em alta, especialmente após o movimento #MeToo.
Alma Anville, professora de filosofia e ética, é o centro de um dilema moral na nova película “Caza de brujas”, dirigida por Luca Guadagnino. O filme, apresentado fora de competição na Mostra de Veneza, provoca discussões sobre poder, consentimento e revitimização. A trama se desenrola quando Alma testemunha uma situação de abuso envolvendo seu melhor amigo e uma aluna, levando-a a questionar suas crenças.
A estreia do filme gerou polêmica, especialmente com a participação de Julia Roberts, que defendeu a narrativa contra críticas de que ela desmerece a luta feminista. Durante a coletiva de imprensa, Roberts comentou sobre a importância de provocar discussões, afirmando que o filme busca “criar conversas” e não apenas reviver velhos argumentos. A atriz lamentou a perda do “arte da conversa” na sociedade contemporânea.
Guadagnino, por sua vez, descreveu “Caza de brujas” como um filme que explora a complexidade das verdades individuais. Ele enfatizou que a obra não visa promover um manifesto, mas sim refletir sobre as nuances das relações humanas. O diretor elogiou a performance de Roberts, considerando-a uma das melhores de sua carreira, e destacou a ambição do filme em abordar temas espinhosos com inteligência e respeito.
A película também surge em um contexto social delicado, onde discussões sobre assédio e consentimento estão em alta, especialmente após o movimento #MeToo. A narrativa de “Caza de brujas” promete instigar debates não apenas nas salas de cinema, mas também nas conversas cotidianas, refletindo a realidade de muitos.