- Em 2025, a música brasileira aparece como fértil, com veteranos e jovens ganhando protagonismo e explorando diferentes línguas e propostas estéticas.
- Luedji Luna lançou dois álbuns, Um Mar Pra Cada Um e Antes que a Terra Acabe, considerados parte de um mesmo projeto artístico que investiga afetos, memórias e estados emocionais com rigor musical.
- Outras referências destacadas incluem Arnaldo Antunes (Novo Mundo), Joyce Moreno (O Mar É Mulher), Francis Hime (Não Navego pra Chegar), Renato Braz (Canário do Reino) e Vidal Assis (Negro Samba Lírico – Vidal Assis canta Elton Medeiros).
- No campo instrumental, Hamilton de Holanda Trio lançou Live in NYC e Douglas Germano divulgou Branco, enquanto BK (Abebe Bikila) apresenta Diamantes, Lágrimas e Rostos para Esquecer; Josyara lançou Avia.
- O conjunto dos lançamentos de 2025 é visto como ideado para consolidar a diversidade de vozes e estilos da música brasileira, com destaque para trabalhos de resistência, poesia e experimentação sonora.
O ano de 2025 é destacado como fértil para a música brasileira, reunindo veteranos consagrados e novas vozes em lançamentos relevantes. A cena celebra diversidade de línguas, estilos e propostas estéticas, com atenção voltada para a qualidade da produção e da composição.
Entre os destaques aparecem nomes como Luedji Luna, Arnaldo Antunes, Joyce Moreno, Francis Hime, Renato Braz, Vidal Assis, Hamilton de Holanda, Douglas Germano, BK (Abebe Bikila) e Josyara. Os álbuns representam caminhos distintos dentro da MPB, do hip hop e da música instrumental.
A produção de Luedji Luna ganhou ainda mais peso em 2025 com o lançamento de dois projetos: Um Mar Pra Cada Um e Antes que a Terra Acabe. As obras dialogam com memórias, afetos e uma leitura autoral da canção contemporânea.
Arnaldo Antunes publicou Novo Mundo, um trabalho que combina poesia direta com uma fluência roqueira equilibrada, mantendo o viés realista presente em sua trajetória. O disco surge como parte de uma produção estável, vigorosa e bem alinhada ao seu repertório.
Joyce Moreno ampliou o repertório com O Mar É Mulher, painel de canções autorais e parcerias que reforçam uma atmosfera delicada e feminina. O conjunto é marcado pela sensibilidade vocal e por arranjos contidos, em sintonia com o momento atual.
Francis Hime chegou com Não Navego pra Chegar, disco de inéditas produzido por Paulo Aragão. Participam Ivan Lins, Zélia Duncan, Simone, Mônica Salmaso e Leila Pinheiro, em um trabalho que prioriza arranjos sofisticados e interpretação de alto nível.
Renato Braz lança Canário do Reino, homenagem a Tim Maia, com interpretações cuidadosas e arranjos elegantes. Vidal Assis apresenta Negro Samba Lírico – Vidal Assis canta Elton Medeiros, com participações de Chico Buarque, João Bosco e Paulinho da Viola, destacando a elegância do projeto.
No campo instrumental, Hamilton de Holanda Trio apresenta Live in NYC, registro ao vivo com Thiago “Big” Rabello e Salomão Soares. O álbum é marcado pela energia e pela qualidade técnica, consolidando a identidade do trio.
Douglas Germano entrega Branco, quinto álbum solo, que reafirma raízes afro-brasileiras e questões sociais com abordagens originais. O trabalho se distingue pelo senso rítmico e pela percussão como elemento estruturante.
BK, em Diamantes, Lágrimas e Rostos para Esquecer, transita pelo rap com estética própria, costurando beats, samples e letras densas. O disco representa uma das trajetórias mais fortes do ano no gênero.
Josyara encerra o conjunto com Avia, seu terceiro álbum, que reforça o amadurecimento artístico da cantora. Destaque para De Samba em Samba, canção que ressalta a criatividade e a autoprodução da artista.
Destaques do ano
Os discos citados consolidam 2025 como período decisivo para a música brasileira, com lançamentos que variam entre a densidade lírica, a experimentação e a tradição, todos passíveis de apreciação ao longo dos próximos meses.
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