30 de jan 2025
Governo federal apresenta guia para eliminar hepatites virais e aids até 2030
O Ministério da Saúde apresentou um guia para eliminar hepatites virais até 2030. A pactuação na Comissão Intergestores Tripartite envolve governo e sociedade civil. O Brasil registrou 16.173 novos casos de hepatite C em 2023, destacando desafios. Diretrizes para combate à aids foram discutidas, visando otimizar serviços de saúde. O projeto prevê R$ 3,1 bilhões para medicamentos e insumos de prevenção em 2024.
Foto:Reprodução
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Na reunião da Comissão Intergestores Tripartite (CIT) realizada em Brasília, o Ministério da Saúde apresentou o Guia de Eliminação de Hepatites Virais no Brasil, que visa implementar ações para erradicar as hepatites virais como problema de saúde pública até 2030. O guia orienta gestores e profissionais de saúde a utilizarem as ferramentas do Sistema Único de Saúde (SUS), considerando as particularidades locais, e propõe ações que podem ser executadas pela sociedade civil e instituições de ensino.
O programa Brasil Saudável busca não apenas cumprir as metas da Agenda 2030 da ONU, que incluem diagnosticar 90% das pessoas infectadas e tratar 80% delas, mas também eliminar a transmissão vertical do vírus. O diretor do Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e ISTs, Draurio Barreira, destacou que o guia é essencial para organizar a eliminação das hepatites nos territórios.
Os dados epidemiológicos de 2023 mostram que o Brasil registrou 16.173 novos casos de hepatite C, com o Rio Grande do Sul liderando os registros. As hepatites virais, que causam cerca de 1,4 milhões de mortes anuais no mundo, também têm um impacto significativo no Brasil, onde foram registrados 1.316 óbitos por hepatite em 2022. Barreira enfatizou que a resposta deve ir além do setor saúde, envolvendo políticas públicas em áreas como moradia e educação.
Além disso, o Ministério da Saúde está focado na eliminação da aids e da transmissão do HIV até 2030, com diretrizes pactuadas na CIT. O documento, elaborado com a participação da sociedade civil, estabelece metas até 2027 e será discutido em oficinas em todo o Brasil. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, ressaltou a importância da articulação com organizações da sociedade civil para enfrentar o estigma e a discriminação, enquanto a secretária Ethel Maciel destacou os investimentos e avanços na área, incluindo a destinação de mais de R$ 3,1 bilhões para medicamentos e insumos.
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