07 de fev 2025
Governo ignora quantos celulares recebem alertas de chuvas extremas da Defesa Civil
O sistema Defesa Civil Alerta não contabiliza celulares que recebem avisos. Utilizado pela primeira vez em São Paulo, não atingiu todos os moradores. Alertas podem ser desabilitados, mas não em casos extremos, como no Rio. Especialistas criticam falta de dados sobre eficácia e aceitação do sistema. É necessário educar a população sobre como agir diante dos alertas recebidos.
Foto:Reprodução
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O novo sistema de alertas climáticos do governo federal, chamado Defesa Civil Alerta, enfrenta críticas por não contabilizar quantos celulares recebem os avisos. O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional informou que não é possível determinar quantos dispositivos efetivamente recebem os alertas ou quantos optaram por bloqueá-los. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) também não possui dados sobre usuários que desabilitaram os alertas de nível severo, o que dificulta a avaliação da eficácia do sistema pelas defesas civis estaduais e municipais.
O sistema, que utiliza a tecnologia cell broadcast, permite que mensagens de emergência apareçam na tela do celular sem necessidade de cadastro prévio. No entanto, atualmente está disponível apenas nas regiões Sul e Sudeste, com previsão de expansão para todo o Brasil até 2025. A primeira utilização ocorreu em 24 de janeiro, durante uma forte chuva em São Paulo, mas moradores de áreas afetadas, como o Jardim Pantanal, relataram não ter recebido os alertas.
Embora a Anatel estime que oito milhões de aparelhos poderiam ter recebido um alerta extremo no Rio de Janeiro, a quantidade exata de dispositivos que realmente soaram o aviso permanece desconhecida. Especialistas alertam que a falta de dados sobre o recebimento e a recusa dos alertas pode levar à desconfiança da população em relação ao sistema, o que é preocupante para a eficácia das notificações em situações de emergência.
Pesquisadores destacam a necessidade de campanhas de conscientização para que a população saiba como agir diante dos alertas. A falta de compreensão sobre o que fazer em situações de emergência pode gerar confusão e desinteresse, levando as pessoas a desabilitar as notificações. A participação da comunidade no mapeamento de áreas de risco e na construção de um sistema de alertas mais eficaz é vista como essencial para melhorar a resposta a desastres naturais.
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