15 de fev 2025
Jejum intermitente pode prejudicar adolescentes, aponta pesquisa da Universidade Técnica de Munique
Estudo da Universidade Técnica de Munique revela riscos do jejum intermitente. Jejum pode prejudicar produção de insulina em adolescentes, aumentando diabetes. Pesquisa analisou camundongos jovens, adultos e mais velhos em jejum. Resultados mostram que jejum é benéfico para adultos, mas não para jovens. Efeitos colaterais do jejum intermitente precisam ser melhor compreendidos.
Foto:Reprodução
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Um estudo recente realizado por pesquisadores da Universidade Técnica de Munique (TUM), do Hospital LMU de Munique e do Helmholtz de Munique revelou que a idade influencia significativamente os resultados do jejum intermitente. Publicado no periódico Cell Reports, o estudo indica que essa estratégia alimentar pode ter efeitos negativos no metabolismo de adolescentes, levantando preocupações sobre os riscos potenciais para humanos.
Os cientistas analisaram três grupos de camundongos: adolescentes, adultos e mais velhos, submetendo-os a um regime de jejum intermitente, onde ficavam sem comida por um dia e eram alimentados normalmente por dois dias. Após 10 semanas, a sensibilidade à insulina melhorou em camundongos adultos e mais velhos, essencial para regular os níveis de açúcar no sangue e prevenir diabetes tipo 2. No entanto, os adolescentes apresentaram um declínio preocupante na função das células beta, responsáveis pela produção de insulina.
De acordo com Alexander Bartelt, pesquisador da TUM, "o jejum intermitente é conhecido por ter benefícios, mas seus potenciais efeitos colaterais não eram bem compreendidos". Os resultados mostraram que, ao contrário dos adultos, os camundongos jovens produziram menos insulina após o jejum prolongado, o que é alarmante, pois a produção insuficiente de insulina está relacionada a problemas metabólicos.
Leonardo Matta, da Helmholtz Munich, destacou que "o jejum intermitente geralmente é considerado benéfico para as células beta", mas a pesquisa contradiz essa ideia para os jovens. Stephan Herzig, professor da TUM, concluiu que "o jejum intermitente é benéfico para adultos, mas pode trazer riscos para crianças e adolescentes", enfatizando a necessidade de cautela ao aplicar essa prática em populações mais jovens.
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