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16 de mar 2025

A violência infantil contra pais é um problema crescente e negligenciado

Casal relata experiências de violência infantil, destacando falta de apoio oficial. Especialistas afirmam que o problema é minimizado e não tratado adequadamente. Aumento de casos de violência de crianças contra pais é registrado em várias regiões. Governo promete abordar a questão, com foco em intervenções precoces. Iniciativas locais, como o programa "Respect", começam a mostrar resultados positivos.

Foto:Reprodução

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Pais e responsáveis que enfrentam violência por parte de crianças sob seus cuidados relatam que os serviços de apoio são uma "loteria de códigos postais". Apesar do aumento aparente de ataques e maior conscientização, especialistas afirmam que o problema não está sendo adequadamente abordado. Um casal compartilha sua experiência: "Ela me agarrou pelo pescoço um dia," disse Angela, responsável por uma menina. "Outra vez, ela me colocou contra o banco com uma faca no pescoço, dizendo que ia se matar e me fazer assistir." Após uma ruptura familiar, Chris e Angela assumiram a guarda de uma parente ainda na escola primária, mas a situação se deteriorou, levando-os a perceber que estavam em perigo físico.

O casal afirma que, apesar de terem sido transparentes com os serviços sociais, suas preocupações foram "minimizadas" e receberam a orientação de "continuar." Chris expressou sua frustração: "O que fazemos quando ela está quebrando a casa ou me trancando em um quarto?" Eles acabaram chamando a polícia, mas os oficiais deixaram claro que a criança não seria retirada da situação. A violência entre crianças e pais, conhecida como CAPVA (Child-to-Parent Violence and Abuse), pode ser desencadeada por traumas infantis ou por crianças que testemunham abusos domésticos. A falta de uma definição padrão para esse tipo de violência dificulta a medição do problema.

Uma ex-trabalhadora social, que prefere permanecer anônima, observou que a violência contra pais pode ocorrer até em crianças de oito anos. Ela acredita que, embora o tema esteja sendo discutido abertamente, os serviços locais ainda não estão preparados para lidar com o nível de risco apresentado por algumas crianças. "Esses pais lidam com isso diariamente," afirmou. Chris e Angela sentem que os serviços sociais os incentivaram a dar "margem" à criança, em vez de deixar claro que seu comportamento era inaceitável. "Eles apenas nos elogiavam," disse Chris, expressando a sensação de desespero.

A pesquisadora Dr. Nikki Rutter destaca que a intervenção precoce é crucial para cuidadores como Chris e Angela. Ela observa que, embora algumas áreas estejam fazendo um bom trabalho, a maioria das autoridades locais não está prevenindo o problema. "As famílias clamam por ajuda desde que a criança tem quatro ou cinco anos, e nada é feito," afirmou. O governo britânico se comprometeu a reduzir pela metade a violência contra mulheres e meninas nos próximos dez anos, reconhecendo que abordar o abuso de pais em casa é uma parte vital desse desafio. Em Durham, a polícia e o conselho do condado iniciaram um programa chamado "Respeito," que visa ajudar famílias em situação de risco.

Angela e Chris acreditam que é necessário aumentar o financiamento para a saúde mental infantil e discutir mais abertamente a violência de crianças contra adultos. "Os pais se sentem envergonhados," disse Angela. Chris enfatiza a importância de buscar apoio em ambientes onde se possa ser honesto sobre a situação. "Vamos parar de fingir que isso não está acontecendo," concluiu.

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