Mudanças simples na rotina podem prevenir o declínio cognitivo e proteger o cérebro

Mudanças simples na rotina diária podem ser fundamentais para proteger a saúde cerebral e prevenir o declínio cognitivo. Especialistas afirmam que até quarenta e cinco por cento dos casos de demência podem ser evitados com ações preventivas, como o uso de capacetes, exercícios regulares e cuidados com a saúde bucal e social. A neurologista Eva Feldman destaca que é crucial fortalecer as defesas do cérebro, já que danos cerebrais são, em muitos casos, irreversíveis.

Os neurologistas alertam que proteger a cabeça é uma das medidas mais importantes. Lesões cerebrais traumáticas podem levar a problemas cognitivos e demência. O uso de capacetes em atividades como ciclismo e motociclismo é recomendado. Além disso, a perda auditiva em pessoas mais velhas está associada a um maior risco de demência, pois a área do cérebro que processa a audição está próxima da memória. Testes auditivos regulares são aconselhados para indivíduos acima de cinquenta anos.

A saúde visual também é essencial, pois um estudo recente revelou que cerca de um terço dos adultos acima de setenta e um anos com comprometimento visual moderado a severo apresentam demência. Exames oftalmológicos regulares e o uso de óculos ou cirurgias corretivas podem ajudar a minimizar esse risco. O neurologista Shlee Song enfatiza a importância de manter a mente ativa, utilizando o cérebro para criar conexões e processar estímulos sensoriais.

Além disso, a prática de exercícios físicos, mesmo que em pequenas doses, melhora o fluxo sanguíneo para o cérebro. O colesterol de baixa densidade, associado a uma dieta inadequada, pode aumentar o risco de derrame e declínio cognitivo. A higiene bucal é igualmente importante, pois infecções orais podem afetar a saúde cerebral. Manter uma vida social ativa e evitar a exposição à poluição do ar também são medidas recomendadas para preservar a saúde cognitiva.