Tecnologia digital reduz em 58% o risco de comprometimento cognitivo em idosos

O uso de tecnologias digitais pode reduzir em 58% o risco de comprometimento cognitivo em pessoas mais velhas, segundo um estudo publicado na revista Nature Human Behavior. A pesquisa analisou 57 estudos e envolveu mais de 411 mil adultos com idade média de 69 anos.

Os pesquisadores, incluindo Jared Benge, neuropsicólogo clínico da Dell Medical School da Universidade do Texas, e Michael Scullin, professor associado de psicologia e neurociência na Universidade Baylor, afirmam que a tecnologia pode ajudar a preservar a função cerebral. “Não houve evidências confiáveis de uma 'fuga de cérebros' digital ou de 'demência digital'”, destacam os coautores.

Benefícios da Tecnologia

O estudo sugere que o desafio de se adaptar a novas tecnologias pode oferecer o estímulo cognitivo necessário para manter a função cerebral. Além disso, a tecnologia pode facilitar a interação social, um fator importante para o funcionamento cognitivo em idosos.

Scullin recomenda que as famílias incentivem os mais velhos a adotar a tecnologia. “Se você tem um pai ou avô que está afastado da tecnologia, talvez seja melhor revisitar isso”, sugere. Ele menciona que aprender a usar aplicativos de fotos, mensagens ou calendários em smartphones pode ser benéfico.

Implicações da Pesquisa

Esses achados desafiam preocupações anteriores sobre os efeitos negativos da tecnologia digital na cognição dos idosos. A pesquisa reforça a ideia de que a tecnologia pode ser uma aliada na promoção da saúde mental e cognitiva na terceira idade, ao invés de um fator de risco.