10 de jul 2025
Especialistas alertam sobre os perigos do exagero na rotina de cuidados com a pele
Dermatologistas alertam sobre os riscos do uso excessivo de produtos de skincare, que pode causar dermatite e hipersensibilidade.

De autocuidado a armadilha estética, a febre do skincare alcançou um novo patamar — e agora preocupa profissionais da dermatologia. (Foto: Freepik)
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A febre do skincare, impulsionada por influenciadores e tendências internacionais, preocupa dermatologistas. O que antes era uma prática recomendada apenas para casos específicos se tornou um fenômeno cultural, mas o uso excessivo de produtos tem gerado problemas como dermatite e hipersensibilidade.
Profissionais da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional São Paulo (SBD-RESP) alertam para o que chamam de "skincare selvagem". Essa prática envolve a aplicação indiscriminada de ácidos e cosméticos sem orientação médica, resultando em efeitos adversos. A dermatologista Sylvia Ypiranga destaca que o uso inadequado de substâncias como retinóico e vitamina C pode levar a queimaduras químicas e sensibilização cutânea.
Estudos recentes indicam um aumento no número de diagnósticos de pele sensível, muitas vezes devido ao uso excessivo de produtos. Paola Costa, também da SBD-RESP, observa que a falta de individualização nos cuidados com a pele é um problema crescente. Nem todos os produtos são adequados para todas as peles, e a ideia de que dermocosméticos são sempre inofensivos é um equívoco.
Outro comportamento preocupante é o uso de fitas adesivas no rosto para "esticar" a pele durante o sono. Essa prática, sem comprovação científica, pode causar irritações e marcas temporárias. A melhor forma de prevenir rugas é por meio de cuidados consistentes, como hidratação e uso de filtro solar.
A SBD-RESP reforça a importância do acompanhamento médico na rotina de cuidados com a pele. Somente um dermatologista pode avaliar as necessidades específicas de cada paciente e indicar produtos e tratamentos adequados. A busca por uma pele saudável deve ser guiada por informações científicas e não por modismos digitais.
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