- A Netflix refinanciou parte do empréstimo-ponte de US$ 59 bilhões para apoiar a possível aquisição da Warner Bros., conquistando linha de crédito rotativo de US$ 5 bilhões e dois empréstimos a prazo de US$ 10 bilhões cada, mantendo US$ 34 bilhões para syndicação.
- O acordo inicial, no começo de dezembro, avalia a Warner Bros. e ativos de streaming em US$ 82,7 bilhões.
- A Warner recomendou aos acionistas rejeitar a proposta da Paramount, mantendo o acordo com a Netflix como opção preferencial.
- Obstáculos regulatórios e políticos ainda podem impedir a conclusão da transação, com críticas públicas apontando riscos antimonopólio.
- Os empréstimos-ponte foram fornecidos por Wells Fargo, BNP Paribas e HSBC; a Netflix pretende, futuramente, recorrer aos mercados de capitais para reduzir a linha-ponte e alongar vencimentos.
A Netflix refinanciou parte de um empréstimo-ponte de US$ 59 bilhões para sustentar a possível aquisição da Warner Bros. A operação envolve uma linha de crédito rotativo de US$ 5 bilhões e dois empréstimos a prazo de US$ 10 bilhões cada, mantendo US$ 34 bilhões para syndicação. O acordo de avaliação de ativos ocorre em US$ 82,7 bilhões.
A competição pela Warner Bros. intensificou-se com a oferta hostil da Paramount Skydance, desafiando o acordo existente entre Netflix e Warner. A Warner Bros. pediu aos seus acionistas que rejeitem a proposta da Paramount, apontando riscos financeiros da operação.
Obstáculos regulatórios continuam no caminho da transação, com implicações políticas recebendo atenção pública. A senadora Elizabeth Warren classificou a oferta como um possível problema antimonopólio, enquanto a Netflix busca tranquilidade interna sobre impactos nos estúdios.
Detalhes do financiamento
Wells Fargo, BNP Paribas e HSBC estão entre os bancos que concederam os empréstimos-ponte sem garantia. A estratégia é substituir parte do financiamento imediato por dívidas mais estáveis no longo prazo.
A Netflix planeja captar recursos adicionais no mercado de capitais para reduzir a linha de crédito-ponte e alongar o vencimento da dívida. A expectativa é que, com esse movimento, a dívida obtenha classificação de grau de investimento.
A trajetória de crédito da Netflix tem sido de evolução desde o início, quando utilizava títulos de risco mais elevado. Hoje, a empresa detém rating de A3 pela Moody’s e A pela S&P Global Ratings, refletindo melhoria de percepção de crédito.
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