Iza Cortada, pedagoga e orientadora educacional, falou sobre a educação antirracista para crianças em uma entrevista no podcast “Se ela não sabe, quem sabe?”. Ela destacou que crianças não nascem racistas, mas podem ter comportamentos racistas, e é importante educá-las sobre isso. Iza também comentou sobre sua participação em uma manifestação antirracista e seu trabalho de letramento racial e empoderamento de crianças na escola onde trabalha. Ela contou que foi a primeira da família a fazer faculdade e que seu entendimento sobre questões raciais se desenvolveu ao longo do tempo. O podcast, que reúne histórias de mulheres acima de 50 anos, lançou sua segunda temporada nas principais plataformas de áudio.
O podcast “Se ela não sabe, quem sabe?” lançou sua segunda temporada, apresentando conversas com mulheres acima de 50 anos sobre envelhecimento e recomeços. O episódio mais recente, transmitido na sexta-feira (30), traz a pedagoga Iza Cortada, de 57 anos, que discute a educação antirracista para crianças.
Iza Cortada, orientadora educacional no colégio Equipe, em São Paulo, afirma: “Crianças não são racistas, crianças têm atos racistas. A gente precisa educá-las.” Ela destaca que a faixa etária das crianças é marcada por conflitos e que é fundamental abordar esses temas nas escolas. Durante a entrevista, Iza também fala sobre sua participação em uma manifestação antirracista realizada por alunos no shopping Pátio Higienópolis.
A educadora enfatiza a importância do letramento racial e do empoderamento, tanto para crianças brancas quanto para crianças negras. “O que a gente quer no final? Equidade racial, que a gente tenha direito de ir e vir, por exemplo,” afirma Iza. Ela compartilha que foi a primeira da família a cursar uma faculdade, rompendo um ciclo familiar de empregadas domésticas.
Reflexão sobre a própria trajetória
Iza revela que seu letramento racial se desenvolveu tardiamente. “Eu tenho uma ambiência racial, mas não tenho a consciência da pessoa racializada,” explica. Ela destaca que seu processo de conscientização começou a partir da compreensão de sua própria história.
O podcast, inspirado no programa americano Wiser Than Me, é coordenado pela editoria de Podcasts da Folha e pela iniciativa Todas, com produção da Zamunda Studio. A série busca reunir histórias de mulheres com mais de 50 anos, promovendo reflexões sobre a vida e os recomeços.