11 de mai 2025
Crianças enfrentam queda no número de primos e valorizam a família escolhida
Cresce a preocupação com a diminuição do número de primos e o fortalecimento da "família escolhida" entre jovens.
Foto:Reprodução
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Em 2023, um estudo publicado na Proceedings of the National Academy of Sciences revelou que crianças em todo o mundo estão crescendo com menos primos. Essa mudança é atribuída à diminuição do tamanho das famílias nucleares e ao aumento do conceito de "família escolhida", especialmente entre millennials e geração Z.
A antropóloga Kath Weston explica que o termo "família escolhida" surgiu na comunidade LGBTQ+ e se refere aos laços que pessoas queer e trans formam com amigos quando são rejeitadas por suas famílias biológicas. Nos últimos anos, esse conceito se popularizou entre os jovens, que buscam apoio e comunidade em amigos, substituindo o que tradicionalmente era oferecido pela família.
Historicamente, as famílias extensas, incluindo primos, eram fundamentais em muitas culturas, como na América Latina. Um estudo aponta que, entre os anos 2000 e 2025, uma mulher de 65 anos na região tinha, em média, mais de 60 parentes vivos. Para 2050, essa estimativa deve cair para menos de 40. Na Europa e América do Norte, a previsão é que esse número fique abaixo de 20.
A redução do número de primos e o aumento da "família escolhida" refletem uma transformação nas dinâmicas familiares. Muitas pessoas vivem longe de seus parentes por motivos profissionais ou educacionais. Pesquisadores afirmam que as árvores genealógicas estão se tornando "caules de feijão", com laços familiares mais estreitos, mas menos ramificações.
Esse fenômeno é especialmente notável no México, onde a família extensa sempre foi uma rede de apoio. Os primos desempenham papéis importantes, como cuidar dos mais novos e compartilhar experiências. Com a diminuição dos laços familiares, surge uma nova realidade social, onde as relações de apoio se tornam essenciais, seja em famílias tradicionais ou escolhidas.
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