Mães de presos enfrentam desafios diários e mantêm laços de amor e esperança

Neste Dia das Mães, mães de presos enfrentam a dor da ausência de seus filhos encarcerados, refletindo sobre a importância do amor e da ressocialização. Muitas delas, como Maria de Lourdes Silvério, percorrem longas distâncias para visitar seus filhos em presídios, enfrentando filas e revistas invasivas. Essas mulheres, frequentemente invisíveis na sociedade, sustentam a dignidade de seus filhos com o pouco que têm.

O sistema prisional no Brasil abriga mais de 660 mil pessoas, a maioria de origem periférica e negra. Neste contexto, o Dia das Mães se torna um momento de reflexão sobre a justiça e o papel fundamental das mães na recuperação de seus filhos. A metodologia da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac) destaca que o vínculo familiar é essencial para a ressocialização, reduzindo a reincidência.

Mães estão presentes em todas as etapas da vida de seus filhos, desde a prisão até a reintegração. Elas escrevem cartas, enviam pertences e buscam advogados, enfrentando humilhações em silêncio. Quando os filhos são liberados, são elas que os recebem de braços abertos, simbolizando uma nova chance. A Fraternidade Brasileira de Assistência aos Condenados (FBAC) reconhece a importância dessas mulheres, que representam a justiça restaurativa em sua forma mais pura.

Neste dia, é essencial lembrar que o amor é capaz de atravessar grades e reconstruir vidas. As mães de presos são heroínas que, mesmo diante de desafios e estigmas sociais, mantêm a esperança e a fé na transformação de seus filhos.