31 de jul 2025
Tarifas impulsionam fusões e aquisições no setor siderúrgico brasileiro
Tarifas sobre aço brasileiro sobem para 50%, impulsionando fusões e aquisições no setor, que totalizam US$ 4,8 bilhões até 2024.

Complexo fabril da CSN: primeiro 'tarifaço' dos EUA sobre o aço brasileiro contribuiu para movimento de M&A no setor siderúrgico, segundo estudo da A&M - (Foto: Bloomberg/Dado Galdieri)
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O governo dos Estados Unidos, sob a administração de Donald Trump, aumentou as tarifas sobre produtos siderúrgicos brasileiros para 50%, impactando severamente o setor. Um estudo da A&M (Alvarez & Marsal) revela que, entre 2018 e 2024, 28 fusões e aquisições (M&As) foram realizadas, totalizando US$ 4,8 bilhões.
A situação atual é reminiscentemente semelhante à de 2018, quando tarifas de 25% foram impostas, levando a uma retração nas exportações e um foco no mercado interno. Carla Zaiden, diretora sênior de M&A na A&M, afirma que a continuidade do “tarifaço” forçará as empresas a buscar diversificação como estratégia de proteção.
As fusões e aquisições se tornaram essenciais para a adaptação das empresas siderúrgicas ao novo cenário econômico. O estudo destaca que, se as tarifas persistirem, o setor pode enfrentar consequências semelhantes às de 2018, quando as empresas mudaram suas estratégias para sobreviver.
Estratégias de Diversificação
A busca por eficiência operacional e adaptação ao mercado interno são prioridades. Exemplos de diversificação incluem aquisições em setores como construção civil e energias renováveis, visando garantir autossuficiência. A compra da LafargeHolcim pela CSN em 2022 exemplifica como a diversificação pode sustentar margens Ebitda.
Guilherme Resende, analista sênior da A&M, observa que a indústria cimenteira possui margens Ebitda próximas de 20%, o que melhora a rentabilidade da siderurgia. A lógica de integração e diversificação é vista como uma resposta inteligente ao novo choque tarifário, embora envolva riscos.
O Futuro das M&As
A A&M sugere que a pergunta não é se haverá novos M&As, mas sim quão rápido e coordenado será esse movimento. Se em 2018 houve uma onda de M&As estratégicos, em 2025 pode surgir uma nova fase, com empresas buscando não apenas eficiência, mas também inovação e integração de cadeias.
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