- A Black Friday nasceu nos Estados Unidos após o Dia de Ação de Graças e virou marco da temporada de compras; no Brasil, o movimento se tornou um mês de campanhas no varejo.
- Nos Estados Unidos, cerca de 197 milhões de pessoas participaram dos cinco dias de promoções, com gasto médio de US$ 235 por consumidor.
- No Brasil, entre 28 de novembro e 1º de dezembro de 2024, o comércio eletrônico faturou mais de R$ 9,3 bilhões, com 17,9 milhões de pedidos; o varejo físico teve alta de 18,7%.
- O líder cristão Chuck Bentley, CEO da Crown Financial Ministries, alerta para promessas de “ofertas únicas” e marketing emocional que incentivam compras desnecessárias.
- Recomenda-se refletir sobre o propósito dos presentes, estabelecer limites de gastos, fazer doações ou trocas entre familiares e priorizar o significado das dádivas.
A Black Friday segue como marco do varejo mundial, surgida nos EUA após o Dia de Ação de Graças e adotada pelo Brasil como mês de ações de campanha. Em 2024, o varejo brasileiro registrou forte movimento de compras, com crescimento tanto no e-commerce quanto no varejo físico. O sinal de alerta vem de leitores e líderes cristãos que questionam o consumismo excessivo durante o período.
Dados de mercado indicam desempenho expressivo: o e-commerce faturou mais de R$ 9,3 bilhões entre 28 de novembro e 1º de dezembro de 2024, com cerca de 17,9 milhões de pedidos. O varejo físico teve alta de 18,7% no mesmo intervalo, conforme levantamentos da Serasa Experian. A leitura, porém, vai além dos números, destacando o potencial de endividamento e estresse financeiro.
Visão crítica sobre o consumismo
Para Chuck Bentley, CEO da Crown Financial Ministries, muitas promoções recorrem ao marketing emocional e criam ofertas que parecem únicas ou por tempo limitado, incentivando compras desnecessárias. Pesquisas citadas por ele mostram que parte dos consumidores admite exceder o orçamento durante as festas, gerando dívidas e ansiedade.
Bentley aponta benefícios de uma abordagem planejada: economia de itens necessários, antecipação de presentes e redução do estresse de última hora. Em termos espirituais, ele sugere refletir sobre o propósito dos presentes e discutir limites de gastos em família, promovendo doações e trocas de presentes entre parentes.
O palestrante recomenda ainda estratégias práticas, como discutir o porquê de cada presente, priorizar necessidades reais e considerar ações que beneficiem terceiros. O objetivo é transformar a data em tempo de gratidão, serviço e conexão, em vez de uma corrida por descontos.