- No último sábado, milhares de cristãos participaram de uma marcha de oração em mais de 50 cidades de Honduras.
- O evento pediu paz, democracia e respeito nas eleições gerais marcadas para 30 de novembro.
- Organizado pela Confraria Evangélica e pela Conferência Episcopal, o ato uniu católicos e evangélicos em um momento de solidariedade.
- Em Tegucigalpa, os participantes marcharam da Plaza Las Banderas até o Estádio Nacional Chelato Uclés, carregando bandeiras e cartazes com versículos bíblicos.
- A mobilização também buscou proteção e respeito à liberdade religiosa em um contexto de crescente violência e perseguição a cristãos no país.
No último sábado, milhares de cristãos se uniram em uma marcha de oração em mais de 50 cidades de Honduras, clamando por paz, democracia e respeito nas eleições gerais marcadas para 30 de novembro. O evento, organizado pela Confraria Evangélica e pela Conferência Episcopal, reuniu católicos e evangélicos em um momento de unidade em meio à crise política e social que o país enfrenta.
Em Tegucigalpa, a capital, os participantes partiram da Plaza Las Banderas e seguiram até o Estádio Nacional Chelato Uclés, carregando bandeiras e cartazes com versículos bíblicos. Durante a marcha, as lideranças religiosas enfatizaram a importância de respeitar os resultados eleitorais, conforme estipulado pela Constituição. Mario Banegas, presidente da Associação de Pastores, destacou que o ato não é político, mas uma demonstração de amor pelo país.
Os fiéis expressaram suas esperanças através de louvores e orações, incluindo mensagens de arrependimento, como a passagem de 2 Crônicas 7:14. Para Gerardo Irías, presidente da Irmandade Evangélica de Honduras, a mobilização simboliza a unidade do povo de Deus, que se reúne em prol de Honduras, sem se dividir por partidos.
Contexto de Crise
Honduras vive um cenário de desemprego, insegurança e falta de acesso a serviços básicos, como saúde e educação. Além disso, a perseguição religiosa tem aumentado, com o país ocupando a 65ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2025. Entre janeiro de 2023 e setembro de 2024, foram registrados 22 assassinatos de cristãos e diversas ameaças de morte, especialmente contra aqueles que se opõem a gangues e cartéis.
A analista Rossana Ramirez explica que os ataques são direcionados a fiéis que denunciam atividades criminosas, tornando o trabalho da igreja um alvo em áreas dominadas por violência. A marcha de oração, portanto, não apenas clama por paz, mas também busca proteção e respeito à liberdade religiosa em um contexto de crescente hostilidade.