- O festival É,Faz&Fala 2025 ocorreu no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, e reuniu especialistas em branding.
- Ana Couto, especialista em branding, destacou que apenas duas marcas brasileiras estão entre as 500 mais valiosas do mundo.
- A pesquisa revelou que 63% dos brasileiros confiam mais em empresas do que em governos, e 90% preferem marcas com propósito.
- Executivas de empresas como Granado, Renner e Bluefit discutiram a importância da autenticidade e diversidade para elevar marcas brasileiras no mercado global.
- O evento contou com a participação de 370 pessoas presencialmente e cerca de 5 mil online, promovendo reflexões sobre a brasilidade como estratégia de crescimento.
RIO DE JANEIRO – O festival É,Faz&Fala 2025, realizado no Museu do Amanhã, reuniu especialistas em branding para discutir a transformação da brasilidade em um ativo estratégico. Ana Couto, especialista em branding, destacou que, apesar de o Brasil ser a oitava economia do mundo, apenas duas marcas brasileiras estão entre as 500 mais valiosas globalmente.
Durante o evento, foi evidenciado que 63% dos brasileiros confiam mais em empresas do que em governos. Além disso, 90% dos consumidores preferem marcas com propósito e 81% valorizam a diversidade. As executivas Sissi Freeman (Granado), Renata Altenfelder (Renner) e Alessandra Sekeff (Bluefit) discutiram como a autenticidade e a diversidade podem ser utilizadas para elevar marcas nacionais a um patamar global.
Branding como Gestão de Valor
Freeman ressaltou que a Granado, por ser uma empresa de capital fechado, consegue implementar mudanças rapidamente. A marca, que já conta com mais de 100 lojas no Brasil e 10 no exterior, tem se adaptado às demandas do consumidor internacional. Altenfelder, da Renner, destacou a importância da transparência em uma empresa com 125 mil acionistas, afirmando que o branding impacta não apenas consumidores, mas também colaboradores e investidores.
Sekeff, da Bluefit, trouxe a perspectiva do private equity, onde a construção de marca é vista como parte essencial da valorização da empresa. “Construir marca deixa a empresa mais valiosa,” afirmou. As executivas concordaram que a brasilidade deve ser apresentada de forma autêntica, evitando estereótipos.
Regionalização e Redes Sociais
O painel também abordou a regionalização como um diferencial competitivo. Freeman mencionou que a identidade nacional deve ser exportada sem clichês, enquanto Altenfelder enfatizou a capacidade de adaptação cultural dos brasileiros. Sekeff exemplificou a regionalização na Bluefit, adaptando suas ofertas de acordo com as características locais.
As redes sociais foram destacadas como ferramentas cruciais para rejuvenescimento e vendas. Freeman citou um sabonete que viralizou no TikTok, aumentando significativamente suas vendas. Para Altenfelder, as redes funcionam como um radar para tendências e falhas de atendimento.
O festival É,Faz&Fala 2025 contou com a participação de 370 pessoas presencialmente e cerca de 5 mil online, promovendo um espaço para reflexão sobre como a brasilidade pode se tornar uma estratégia de crescimento no mercado global.