- O vice-presidente dos Estados Unidos, J.D. Vance, sugeriu que os objetos voadores não identificados (OVNIs) podem ter uma origem espiritual, não alienígena.
- Em entrevista ao podcast Pod Force One, Vance afirmou acreditar em forças espirituais que muitos não percebem.
- Ele comparou a visão de um alienígena à de um anjo ou demônio, destacando a importância de ser uma boa pessoa.
- O Congresso americano pressiona por mais transparência sobre fenômenos anômalos, com o deputado Jared Moskowitz questionando a ocultação de informações sobre OVNIs.
- Vance promete investigar o fenômeno nos próximos anos, enquanto o interesse por dimensões espirituais também é refletido em declarações de outros, como o astronauta Charlie Duke.
Por Juliana Dariva,
O vice-presidente dos Estados Unidos, J.D. Vance, reacendeu o debate sobre vida extraterrestre e fenômenos aéreos não identificados ao sugerir que os OVNIs podem ter uma origem espiritual, e não necessariamente alienígena.
Em entrevista ao podcast Pod Force One, apresentado pela jornalista Miranda Devine, do New York Post, Vance declarou acreditar “firmemente que existem forças espirituais atuando no mundo físico” e que “muitos de nós não vemos, não entendemos e não valorizamos”.
“Se outra pessoa vê um alienígena, talvez eu veja um anjo ou um demônio. Não sei a resposta. O que tento fazer é rezar, ser uma boa pessoa e fazer um bom trabalho. Com sorte, isso é tudo o que preciso fazer”, afirmou o vice-presidente.
Durante a conversa descontraída, Devine se descreveu como uma “maluca por OVNIs”, ao que Vance respondeu rindo: “Eu também”. Ele disse ainda não ter tido “tempo” de se aprofundar no tema desde que assumiu o cargo, mas prometeu “chegar ao fundo da questão, mesmo que leve muito tempo”.
Entre o ceticismo e a fé
As declarações de Vance não são isoladas dentro do governo Trump. A diretora de Inteligência Nacional, Tulsi Gabbard, já afirmou acreditar na possibilidade de vida fora da Terra. O próprio vice-presidente mencionou o secretário de Estado, Marco Rubio, como um dos colegas que compartilham interesse no tema, ambos já teriam discutido o assunto desde os tempos em que atuavam no Senado.
“Com certeza existe curiosidade. Mas as coisas têm estado muito corridas. Esse é o lado maluco que existe em mim. Todos nós colocamos o chapéu de alumínio de vez em quando”, brincou Vance.
Essa não foi a primeira vez que o vice-presidente demonstrou fascínio pelo tema. Em agosto, no Ruthless Podcast, ele admitiu estar “obcecado com toda essa história de OVNIs”, questionando “o que está realmente acontecendo” com os vídeos divulgados pelo Pentágono e pela Marinha dos EUA.
Pressão por transparência
Enquanto figuras do alto escalão expressam curiosidade, o Congresso americano continua pressionando o governo por mais transparência sobre o que sabe a respeito dos chamados “fenômenos anômalos”.
Em setembro, o deputado Jared Moskowitz (Democrata da Flórida) acusou o governo federal de ocultar informações sobre OVNIs durante uma audiência sobre a desclassificação de segredos oficiais.
“Esta é a segunda ou terceira comissão em que temos ex-militares com histórico impecável relatando o que viram. A narrativa mudou, não é?”, disse o congressista, apontando para o número crescente de testemunhos de oficiais que afirmam ter observado objetos inexplicáveis durante o serviço.
Entre o divino e o desconhecido
Por ora, o vice-presidente evita conclusões, mas promete investigar o fenômeno “nos próximos anos”. Seja por fé, ciência ou curiosidade, Vance conseguiu recolocar o tema dos OVNIs no centro das conversas políticas americanas e, talvez, também no campo do sobrenatural.
Da conquista do espaço à busca espiritual
O interesse em associar o desconhecido a dimensões espirituais não se limita à política. Recentemente, o astronauta Charlie Duke, da missão Apollo 16, também fez declarações semelhantes. Aos 90 anos, Duke afirmou acreditar que os alienígenas são “manifestações demoníacas”.
Engenheiro de voo e o homem mais jovem a pisar na Lua, Duke conta que sua maior transformação não ocorreu no espaço, mas ao se converter ao cristianismo.
“A Lua foi incrível. Mas a eternidade com Cristo… essa sim é a verdadeira missão”, afirmou o ex-astronauta, hoje pregador.
Para alguns, suas palavras soam como heresia científica; para outros, como testemunho de revelação divina. Em comum, tanto Vance quanto Duke parecem buscar explicações que transcendam o mundo visível onde fé e mistério se encontram nas fronteiras do desconhecido.
[https://youtu.be/BgM45UKhOng?si=3OB_G3IVa869Y3gN](https://youtu.be/BgM45UKhOng?si=3OB_G3IVa869Y3gN)