“A beleza não pode ser seu Deus”: Dra. Juliana Rampani expõe os riscos da idolatria da estética

No episódio desta semana do TelaCast, a especialista em estética avançada e saúde integrativa Dra. Juliana Rampani trouxe uma reflexão necessária sobre autoestima, fé e o impacto da cultura da imagem nos tempos modernos. Com quase duas décadas de experiência no gerenciamento do envelhecimento cutâneo e forte atuação técnico-científica ao lado de grandes indústrias dermatológicas, Juliana também carrega uma vivência cristã que orienta grande parte de seu trabalho e de sua relação com o público.

Durante a conversa, ela destacou que muitos dos conflitos estéticos atuais surgem da perda de identidade: quando a pessoa não sabe quem é em Deus, torna-se vulnerável a padrões impossíveis e ao ciclo interminável da comparação.

“Quando a pessoa tem a identidade dela com Deus, ela se acha bela mesmo com algum defeito.”

Segundo Juliana, vivemos em um mundo que estimula a busca por uma beleza inalcançável, criando uma relação desequilibrada com a própria imagem. A especialista lembra que é importante enaltecer o que cada pessoa tem de belo, mas sem permitir que a aparência ocupe um lugar que não deveria.

“Deus jamais negocia uma alma se aquilo vai desviar alguém do propósito. Uma alma é muito valiosa”, afirma Juliana.

O cuidado saudável x a vaidade que domina

Um dos pontos centrais da entrevista é a diferenciação entre cuidar da autoestima e cair na vaidade exagerada. Para Juliana, a Bíblia não condena a beleza, o autocuidado ou o gosto em se arrumar. O problema está na intenção e no excesso.

Ela reforça que muitas pessoas confundem zelo pessoal com pecado, quando na verdade o exagero e não o cuidado é o que adoece. O excesso transforma a vaidade em algo que domina, que exige mais do que a vida real pode entregar, criando frustrações e dependência emocional da própria imagem.

Esse entendimento aparece em Provérbios 31:

“Enganosa é a beleza e vã, a formosura; mas a mulher que teme ao Senhor, essa sim será louvada.”

Para a especialista, o texto bíblico não afirma que a beleza é um problema, mas alerta sobre o risco de depositar nela toda a expectativa de felicidade ou aceitação.

O ponto de equilíbrio: corpo, alma e espírito

Juliana explica que o ser humano é composto por três dimensões fundamentais: corpo, alma e espírito. O corpo, segundo ela, é o veículo que Deus utiliza para que cada pessoa cumpra sua missão na Terra. Porém, quando ele passa a receber atenção desproporcional sobrepondo a alma e o espírito o equilíbrio interno se perde.

“Enquanto estivermos nessa Terra, o nosso corpo é o nosso veículo. Mas ele não pode ser o centro de tudo.”

Esse desequilíbrio, segundo a especialista, é justamente o que alimenta a vaidade exagerada: uma tentativa constante de preencher um vazio emocional com algo externo, que nunca satisfaz por completo.

Mulher cristã pode cuidar da aparência?

Entre as perguntas mais comuns que recebe nas redes sociais, uma delas é: uma mulher cristã pode se arrumar?
Para Juliana, o autocuidado é legítimo, desde que não ultrapasse o limite do exagero e da intenção equivocada.

Ela explica que se arrumar, valorizar a própria beleza e sentir-se bem não são atitudes condenáveis. O problema surge quando isso se transforma em obsessão, ostentação ou idolatria. “Desde que não haja intenção vaidosa, desequilibrada ou indiscreta, não há erro algum”, afirma.

A participação da Dra. Juliana Rampani no TelaCast reforça a importância de integrar espiritualidade, equilíbrio emocional e cuidado físico, sem permitir que a vaidade excessiva substitua aquilo que realmente sustenta a identidade humana.

Assista e siga o TelaCast

A entrevista com a Dra Juliana Rampani vai ao ar hoje, às 19h, no nosso canal no YouTube.

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