- Em sua primeira mensagem de Natal como chefe do Vaticano, o Papa Leão XIV pediu coragem a Rússia e Ucrânia para um diálogo direto visando um acordo de paz e ofereceu mediação.
- A paz foi apresentada como responsabilidade de todos, com convite a reconhecer falhas, pedir perdão e se solidarizar com os oprimidos.
- Na véspera, o presidente da Ucrânia detalhou uma nova versão do plano para encerrar a guerra, discutido com os Estados Unidos; o texto está sob análise do governo russo.
- O Papa pediu justiça, paz e estabilidade para Líbano, Palestina, Israel e Síria, e incentivou políticos da América Latina a promoverem diálogo pelo bem comum, sem preconceitos ideológicos.
- A crise humanitária em Gaza foi destacada, com ênfase na vulnerabilidade das populações e na necessidade de mais ajuda humanitária, após o cessar-fogo entre Israel e Hamas.
Em sua primeira mensagem de Natal como chefe do Vaticano, o Papa Leão XIV pediu nesta quinta-feira que Rússia e Ucrânia demonstrem coragem para abrir um diálogo direto e respeitoso em busca de um acordo de paz. O apelo chega em meio a negociações recentes sobre a guerra na Ucrânia.
O Pontífice descreveu a paz como uma responsabilidade compartilhada e pediu que todos reconheçam falhas, peçam perdão a Deus e solidarizem-se com os mais vulneráveis. A fala ocorreu após a divulgação de uma nova versão do plano de paz negociado entre EUA e União Europeia.
Na véspera, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, apresentou pela primeira vez a nova versão do texto do acordo, que está sendo analisado pelo governo russo. As partes discutem pontos-chave para encerrar o conflito em território ucraniano.
A mensagem Urbi et Orbi, usada para entrar no espírito do Natal, reforçou o apelo por justiça, paz e estabilidade para o Líbano, Palestina, Israel e Síria, além da renovação de compromissos pelo fim das guerras. O Papa também abordou a América Latina.
O líder papal voltou-se para a região ao afirmar que políticos devem evitar a divisão e privilegiar o diálogo pelo bem comum, sem preconceitos ideológicos ou partidários. A fala ocorreu durante a celebração natalina no Vaticano.
Antes, em um sermão na Basílica de São Pedro, o Papa condenou a crise humanitária em Gaza, destacando as dificuldades enfrentadas pelas populações civis e a necessidade de proteção à vida. O Pontífice lembrou a pobreza e a vulnerabilidade como sinais de uma resposta global.
Leão XIV reiterou que a história de Jesus, nascido em um estábulo, simboliza a presença de Deus entre os povos e a urgência de tendas temporárias para refugiados. A fala ocorreu em meio a conflitos que afetam diversos países africanos e do Oriente Médio.
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