ESPN encerra parceria de 35 anos com MLB, forçando repensar direitos de transmissão

A grande notícia da última semana no mundo dos esportes é a decisão da ESPN de não renovar seu contrato de direitos de mídia com a Major League Baseball (MLB), encerrando uma parceria de 35 anos. Para os fãs nostálgicos, a mudança é surpreendente, já que a ESPN costumava transmitir seis jogos da MLB por semana. No entanto, a emissora reduziu sua cobertura ao longo dos anos, passando para apenas um jogo semanal em 2022 e cancelando o programa "Baseball Tonight" em 2017. Atualmente, a ESPN exibe apenas 30 jogos da temporada regular, sendo 25 deles aos domingos.

A razão principal para a saída da ESPN é financeira. A emissora pagava R$ 550 milhões por ano por 30 jogos, um valor que contrasta com os R$ 10 milhões que a Roku paga por 18 jogos e os R$ 85 milhões da Apple TV+ por "Friday Night Baseball". Apesar de "Sunday Night Baseball" ter alcançado uma média de 1,5 milhão de espectadores, a ESPN considera mais vantajoso investir em esportes com maior potencial de crescimento e custos mais baixos.

A MLB agora enfrenta o desafio de encontrar novos parceiros de transmissão. A expectativa é que plataformas de streaming, como Amazon ou YouTube, possam oferecer uma quantia significativa para os direitos de mídia. O CEO da Fanatics, Michael Rubin, acredita que a liga pode conseguir um valor superior ao que a ESPN estava pagando, especialmente se dividir os direitos em pacotes menores, semelhante à estratégia da NFL. Essa abordagem pode atrair plataformas que buscam eventos específicos, em vez de pacotes grandes que podem não gerar o retorno esperado.

Além disso, a NFLPA divulgou que os Jets foram a única equipe a receber nota F em propriedade, segundo uma pesquisa com 1.695 jogadores. A NESN, rede regional de Boston, anunciou uma redução de 27% no preço de sua assinatura de streaming, refletindo as mudanças no setor. Enquanto isso, o Manchester United está eliminando entre 150 e 200 empregos como parte de um plano de transformação para recuperar a lucratividade após cinco anos de perdas.