- 88 signatários, incluindo Mo Farah, Jill Scott, Alex Yee e Matthew Pinsent, assinam carta aberta sobre reformas de planejamento que podem enfraquecer a consulta da Sport England sobre campos esportivos.
- A carta, assinada pela Football Association, RFU, LTA e UK Athletics, afirma que mudanças prejudicariam comunidades mais pobres e espaços de esporte comunitário.
- O governo propõe acabar com o direito de consultar sobre desenvolvimento de habitação em campos de esporte, para atingir a meta de 1,5 milhão de casas.
- Histórico: cerca de 10 mil campos foram vendidos nos anos oitenta e noventa; proteções foram criadas em 1996 e 2001; a Sport England protegeu mais de 1.000 campos em 2021-2022.
- Consulta pública vai até 13 de janeiro; Fields in Trust aponta que quase metade da população já mora a mais de dez minutos a pé de um campo; governo diz manter proteções existentes e investe £ 400 milhões no esporte de base.
O crescimento de planos para reformular o uso do território inglês causa preocupação entre esportistas e organizações têm vindo a público. Estão em jogo campos de jogos e instalações esportivas que, segundo críticos, podem ser ocupados para habitação, em meio a uma meta governamental de construção de 1,5 milhão de casas.
Uma carta aberta, assinada por 88 signatários, alerta que reformas no planejamento podem retirar proteções administrativas que hoje salvaguardam esses espaços. Entre os signatários estão ex-jogadores, atletas olímpicos e entidades como a Football Association, a RFU, a LTA e a UK Athletics.
Entre os signatários figuram Jill Scott, Mo Farah, Alex Yee e Matthew Pinsent. A mensagem ressalta que os espaços esportivos não são apenas campos, mas infraestrutura essencial para saúde, bem-estar, esporte de base e lazer infantil.
A carta também afirma que as proteções são um instrumento de justiça social, destacando que comunidades com menos acesso a áreas verdes seriam as mais prejudicadas pela redução desses mecanismos de proteção.
Segundo dados apresentados, cerca de 10 mil campos foram vendidos nas décadas de 1980 e 1990 antes de as proteções terem sido criadas, em 1996 e 2001. Já a Sport England aponta que protegeu mais de 1.000 campos na temporada 2021-2022.
Caso a consulta pública, que segue até 13 de janeiro, não leve o governo a revisar as propostas, o cenário atual pode se agravar, segundo os signatários. Fields in Trust coordena a carta e enfatiza o impacto da distância a espaços de recreação na população britânica.
Scott, presidente da Fields in Trust, pediu que o governo ouça as advertências vindas do meio esportivo. A dirigente destaca que muitos aprendem a jogar nesses locais desde a infância, em cidades como Sunderland, e que cada criança merece ter acesso a esse tipo de espaço.
O governo ainda não comentou os apontamentos. Em nota, o porta-voz afirmou que já existem proteções fortes para os campos e que haverá investimento de 400 milhões de libras no esporte de base.
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