Ángel Charte é o diretor médico do Mundial de MotoGP e fala sobre seu trabalho com os pilotos. Ele é visto como uma figura protetora, especialmente por pilotos que já passaram por acidentes graves, como Pol Espargaró. Charte trabalha há 14 anos no campeonato, tendo sido chamado após o trágico acidente de Marco Simoncelli, com o objetivo de melhorar a segurança dos pilotos. Ele destaca que sua principal missão é estabilizar os feridos e levá-los a um hospital, sem fazer diagnósticos no local. Embora o esporte tenha seus momentos difíceis, como acidentes graves, Charte se orgulha de que, desde que começou, nenhum piloto faleceu no circuito. Ele também enfrenta desafios emocionais, como a pressão dos pilotos que querem voltar a correr rapidamente, mesmo quando suas lesões são sérias. A segurança é sempre a prioridade, e ele precisa ser firme em suas decisões para proteger a vida dos pilotos.
Ángel Charte, diretor médico do Mundial de MotoGP, compartilhou sua experiência e desafios no atendimento a pilotos durante as corridas. Ele enfatiza a importância de estabilizar feridos e a realidade emocional de seu trabalho, que inclui momentos de tristeza e superação.
Charte, que também é chefe de medicina interna do Hospital Dexeus em Barcelona, atua no paddock do Mundial há quatorze anos. Sua entrada na equipe ocorreu após o trágico acidente do piloto Marco Simoncelli, quando o CEO da Dorna, Carmelo Ezpeleta, buscava melhorar a segurança nas corridas. Inicialmente, Charte hesitou, mas acabou aceitando o desafio.
“Nossa obrigação sempre é a mesma: tirar o piloto com vida e encaminhá-lo a um hospital”, afirmou Charte. Ele destacou que, em situações críticas, a prioridade é estabilizar o piloto, sem se preocupar com diagnósticos imediatos. O diretor médico também mencionou que, desde sua chegada, nenhum piloto faleceu no circuito, embora acidentes graves ainda ocorram.
Desafios e Emoções
Charte reconhece que, apesar de sua experiência, o trabalho é emocionalmente desgastante. Ele recordou momentos difíceis, como os acidentes de Luis Salom e Jason Dupasquier, que resultaram em grandes sofrimentos. “Este esporte tem uma parte dura, mas a maioria das quedas não resulta em gravidade”, explicou.
O diretor médico também lida com a impaciência dos pilotos, que frequentemente desejam voltar às pistas, mesmo após lesões significativas. “É necessário impedir que eles corram quando suas vidas estão em risco”, ressaltou. Charte enfatiza que a segurança é sempre a prioridade, mesmo que isso signifique ser firme com os competidores.
A conversa com Pol Espargaró, um piloto que já enfrentou lesões graves, revelou a confiança que os atletas depositam na equipe médica. “Para mim, ele é como um pai nas corridas”, disse Espargaró, referindo-se ao apoio constante de Charte em momentos críticos.
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