Torcedores do Atlético-MG enfrentam dificuldades em sua jornada até Buenos Aires, Argentina, para a final da Copa Libertadores contra o Botafogo, marcada para este sábado (30), às 17h (de Brasília). Caravanas partiram de Belo Horizonte, mas relatos indicam que a polícia argentina tem dificultado o acesso dos torcedores à cidade, resultando em paralisações que chegam a 12 horas. Os ônibus estão impedidos de parar para alimentação, hidratação e necessidades básicas, gerando um clima de tensão que já dura cerca de 36 horas.
Hiury Passos de Freitas, torcedor de Mariana, Minas Gerais, compartilhou sua experiência desde a saída da Arena MRV, na madrugada de quinta-feira (28). O trajeto no Brasil foi tranquilo, mas a situação se complicou na fronteira. Hiury relatou que, após esperar duas horas antes de chegar à fronteira, enfrentaram mais quatro a cinco horas de espera sem explicações. “A cada meia hora que andávamos, parávamos sem motivo”, afirmou, destacando a falta de fiscalização efetiva.
Os torcedores estão sobrevivendo com lanches que trouxeram, como frutas e biscoitos, já que não tiveram paradas para refeições desde que deixaram o Brasil. Hiury mencionou que a situação é crítica, com quase 36 horas sem uma refeição adequada. A expectativa é que a polícia argentina libere a entrada dos torcedores em Buenos Aires apenas às 12h, complicando ainda mais a situação.
Atualmente, os ônibus estão entre Zarate e Campana, a cerca de 80 km da final. Hiury criticou o tratamento recebido, afirmando que os policiais não oferecem informações e não permitem que os torcedores saiam dos veículos. “O tratamento está péssimo”, desabafou, refletindo o descontentamento geral entre os torcedores que buscam chegar ao evento.