Luiz Calixto, de apenas 17 anos, está participando de seu primeiro Grand Slam juvenil em cadeira de rodas, na Austrália. Apesar da derrota para o norte-americano Charlie Cooper, número dois do mundo, por 6/0 e 6/4, sua trajetória é inspiradora. Diagnosticado com pseudoartrose tibial, Calixto superou desafios significativos, incluindo uma infância vendendo paçoca e balas […]
Luiz Calixto, de apenas 17 anos, está participando de seu primeiro Grand Slam juvenil em cadeira de rodas, na Austrália. Apesar da derrota para o norte-americano Charlie Cooper, número dois do mundo, por 6/0 e 6/4, sua trajetória é inspiradora. Diagnosticado com pseudoartrose tibial, Calixto superou desafios significativos, incluindo uma infância vendendo paçoca e balas nas ruas de Belo Horizonte para ajudar sua família.
O treinador Leo Butija descobriu Calixto enquanto ele vendia doces em um semáforo próximo ao clube onde trabalhava. Após algumas tentativas de contato, Butija conseguiu levar o jovem para treinar. Calixto, que nunca havia jogado tênis antes, começou a se destacar rapidamente. “Não sabia nada de tênis, e fui começando a jogar campeonatos, desenvolvendo meu game e evoluindo”, afirmou o tenista.
Atualmente, Calixto é o principal cadeirante masculino juvenil do Brasil e ocupa a quinta posição no ranking mundial. Com o apoio de patrocinadores e da Confederação Brasileira de Tênis, ele treina três horas diárias e se prepara para a transição para torneios adultos. Seu objetivo é competir nos Jogos Paraolímpicos de Los Angeles em 2028, onde espera “ganhar a vida como jogador profissional cadeirante”.
Na mesma competição, a mineira Vitória Miranda, principal cabeça de chave, foi eliminada na estreia pela norte-americana Sabina Czauz, enquanto Leandro Pena e Ymanitu Silva também foram eliminados na divisão Quad. O torneio juvenil é disputado em sistema “round robin”, onde os quatro melhores ranqueados se enfrentam, e Calixto ainda tem chances de avançar, enfrentando o belga Alexander Lantermann e o australiano Benjamin Wenzel.
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