- Wimbledon eliminou juízes de linha humanos e adotou um sistema eletrônico de chamadas a partir deste ano.
- A mudança marca um novo capítulo na história do torneio, que tem 148 anos.
- A ex-juíza de linha Pauline Eyre lamentou a decisão, afirmando que a presença humana era essencial para a atmosfera do evento.
- A CEO do All England Lawn Tennis Club, Sally Bolton, justificou a mudança pela busca de maior precisão na arbitragem.
- Jogadores tiveram reações mistas, com alguns preferindo o estilo tradicional e problemas iniciais com o sistema eletrônico gerando confusão.
Mudança Histórica em Wimbledon
Wimbledon, um dos torneios de tênis mais tradicionais do mundo, anunciou a eliminação dos juízes de linha humanos a partir deste ano. A decisão, que introduz um sistema eletrônico de chamadas, marca uma mudança significativa em sua história de 148 anos.
Pauline Eyre, ex-juíza de linha que atuou no torneio por 16 edições, expressou sua tristeza com a nova abordagem. Para ela, a presença dos juízes de linha era uma parte essencial da atmosfera do evento, contribuindo para a experiência dos jogadores e do público. Eyre destacou que a tecnologia não necessariamente melhora a qualidade das chamadas, pois a habilidade humana sempre foi excelente.
A mudança para o sistema eletrônico de chamadas (ELC) alinha Wimbledon com outros grandes torneios, como o Australian Open e o US Open. Sally Bolton, CEO do All England Lawn Tennis Club, afirmou que a decisão visa garantir “máxima precisão na arbitragem” e oferecer condições iguais aos jogadores.
Reações e Desafios
As reações dos jogadores foram mistas. A tenista Aryna Sabalenka se mostrou dividida, enquanto Barbora Krejčíková e Frances Tiafoe preferem o estilo tradicional. Durante os primeiros jogos, surgiram problemas com o sistema eletrônico, como chamadas automáticas inesperadas que causaram confusão entre os espectadores.
Com a redução do número de juízes de linha de 300 para apenas 80, os que permanecem agora atuam como “assistentes de partida”. A introdução do sistema Hawk-Eye em 2007 já havia sinalizado uma mudança no futuro da arbitragem no tênis, mas a eliminação total dos juízes humanos não era uma expectativa imediata.
Eyre, que agora é comediante, reflete sobre a nostalgia que envolve os juízes de linha. A presença deles era um símbolo de tradição, e sua ausência será sentida por muitos que valorizam a essência humana do esporte.
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