La malva (Malva sylvestris) é uma planta que possui uma rica história tanto botânica quanto cultural. Seu nome remonta à Roma antiga, onde Plínio, o Velho, elogiou suas propriedades medicinais, afirmando que "qualquer pessoa que tomasse uma colher de malva se salvaria de todas as doenças". Atualmente, a infusão de suas flores secas é conhecida por proporcionar um remédio saboroso contra problemas respiratórios, como faringite e laringite, devido à sua ação anti-inflamatória.

Além de suas propriedades curativas, a malva é valorizada na cultura popular, com expressões que refletem seu uso tradicional, como "Com um huerto e um malvar, há medicinas para um lar". Os frutos da malva, comestíveis e conhecidos por seus formatos que lembram pães, eram um entretenimento para crianças em várias regiões. A planta também é um elemento decorativo em jardins, onde sua beleza e folhas brilhantes atraem a atenção, especialmente quando cultivadas em conjunto com outras flores.

Ecologicamente, a malva é uma bioindicadora de solos ricos em nitrogênio, essencial para o crescimento das plantas. Sua presença em áreas urbanas e rurais beneficia muitos insetos polinizadores, devido à abundância de pólen que suas flores oferecem. Além disso, a malva é uma planta que se destaca na arte, sendo retratada em obras como a de Velázquez, que a incluiu em sua pintura "San Antonio Abad e san Pablo, primeiro eremita".

Atualmente, a malva começa a florescer, beneficiada por temperaturas mais amenas. Observar suas flores é apreciar a beleza efêmera e única dessa planta, que tem sido utilizada há séculos para aliviar irritações e promover bem-estar.