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Mudanças climáticas impulsionam cultivo de mangas na Sicília e além

- Vincenzo Amata trocou a carreira de vendedor por cultivo de mangas na Sicília. - A área plantada com mangas na Itália cresceu para quase 1.214 hectares em 2023. - Mudanças climáticas forçam agricultores a substituir culturas tradicionais por mangas. - Exportações de mangas do México, Brasil e Peru caem devido a condições climáticas. - A produção global de mangas deve atingir 65 milhões de toneladas em 2024.

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Por Revisado por: Time de Jornalismo Portal Tela

Vincenzo Amata, um italiano que se encantou com o sabor da manga durante uma visita à Sicília, decidiu mudar de carreira e abrir uma fazenda dedicada à fruta. “Senti calafrios e arrepios por toda a minha pele. Era delicioso”, relembra. Sua propriedade, chamada “PapaMango”, agora cultiva seis variedades de mangas em sete hectares, refletindo uma […]

Vincenzo Amata, um italiano que se encantou com o sabor da manga durante uma visita à Sicília, decidiu mudar de carreira e abrir uma fazenda dedicada à fruta. “Senti calafrios e arrepios por toda a minha pele. Era delicioso”, relembra. Sua propriedade, chamada “PapaMango”, agora cultiva seis variedades de mangas em sete hectares, refletindo uma tendência crescente entre agricultores da região, que estão substituindo culturas tradicionais como limões e azeitonas por mangas, devido às dificuldades impostas pela mudança climática.

A produção de mangas, que deve alcançar 65 milhões de toneladas globalmente no próximo ano, está se deslocando para novas áreas, à medida que os agricultores enfrentam temperaturas mais altas e condições climáticas adversas. No Brasil, México e Peru, principais produtores, a produção de mangas caiu significativamente em 2023, com o México registrando uma queda de 2% nas exportações e o Peru enfrentando uma impressionante redução de 55%. Esses declínios são atribuídos a fatores climáticos, como secas e chuvas excessivas, que afetam a qualidade e a produtividade das colheitas.

Na Itália, o cultivo de mangas aumentou de 10 hectares em 2004 para quase 1.214 hectares em 2023, segundo a Coldiretti. Os agricultores estão vendo um retorno financeiro maior com a manga, que pode render até 5,50 euros por quilo, em comparação com apenas 1,22 euros por quilo para limões. Essa mudança é impulsionada pela demanda crescente e pela adaptação às novas condições climáticas, que tornam o cultivo de frutas tropicais mais viável em regiões anteriormente inadequadas.

Nos Estados Unidos, a Flórida e a Califórnia estão se tornando novos centros de cultivo de mangas, com a demanda aumentando à medida que as temperaturas se tornam mais favoráveis. “Não só é mais fácil cultivá-las agora devido às temperaturas mais quentes, mas as mangas também não exigem muitos cuidados”, afirma Alex Salazar, um agricultor da Flórida. Essa adaptação à mudança climática não só representa um desafio, mas também uma oportunidade para a agricultura, com a manga se destacando como um símbolo de resiliência em tempos de incerteza climática.

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