A nova regulamentação sobre o uso de celulares nas escolas de São Paulo, publicada recentemente, gerou preocupações entre especialistas. As normas, que visam restringir o uso dos aparelhos, permitem que o conselho tutelar seja acionado em casos de desrespeito, mas especialistas alertam que essa deve ser uma medida extrema. As orientações da Secretaria de Educação, […]
A nova regulamentação sobre o uso de celulares nas escolas de São Paulo, publicada recentemente, gerou preocupações entre especialistas. As normas, que visam restringir o uso dos aparelhos, permitem que o conselho tutelar seja acionado em casos de desrespeito, mas especialistas alertam que essa deve ser uma medida extrema. As orientações da Secretaria de Educação, liderada por Renato Feder, determinam que os celulares sejam guardados em locais apropriados durante o período escolar, conforme uma lei estadual anterior e uma nova legislação sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Rodrigo Nejm, especialista em educação digital, enfatiza que o acionamento do conselho tutelar deve ocorrer apenas após tentativas de mediação e comunicação com a família. Ele ressalta a importância de um planejamento adequado por parte das escolas, que devem estabelecer protocolos claros para lidar com a proibição. Marcelo Nascimento, da Associação Paulista de Conselheiros Tutelares, expressa preocupação com a inclusão do conselho nesse processo, afirmando que a escola deve assumir a responsabilidade de criar ações pedagógicas em vez de transferir essa função.
Bernardo Baião, do Todos Pela Educação, critica a abordagem punitiva adotada em São Paulo e sugere que as escolas devem estar preparadas para implementar essa política de forma educativa. Ele defende a necessidade de uma regulamentação federal que padronize as regras em todo o país. A nova lei determina que estados e municípios, em colaboração com as comunidades escolares, definam as melhores práticas para a restrição do uso de celulares, levando em conta as particularidades locais.
A gerente de marketing Bruna Luz, mãe de uma aluna que ingressará na rede estadual, acredita que as mudanças podem trazer benefícios ao ambiente escolar. No colégio Terra Brasilis, a implementação da restrição já gerou reações entre os alunos, com alguns demonstrando inquietação. O diretor Antônio Urban destaca que o principal desafio não é o acesso à internet, mas sim o uso das redes sociais durante as aulas, ressaltando a importância do convívio social no ambiente escolar.
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