- O papa León XIV inicia uma viagem de seis dias à Turquia e ao Líbano, que vai até 2 de dezembro, sendo seu primeiro deslocamento desde a escolha em maio.
- Em Iznik, haverá oração com patriarcas ortodoxos e encontro com o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan; está prevista visita à Mesquita Azul em Estambul.
- A visita foca nas raízes do cristianismo e no ecumenismo, coincidente com o 1.700º aniversário do Concílio de Niceia, realizado em 325.
- Pode haver anúncio sobre a unificação da data da Páscoa entre católicos e ortodoxos, com a assinatura de uma declaração conjunta com o patriarca Bartolomé I.
- Em Líbano, país em guerra, o Papa fará uma visita de caráter humanitário e de paz, entre 30 de novembro e 2 de dezembro, com atenção ao conflito em curso na região e aos efeitos da explosão de Beirut em 2020.
O Papa León XIV inicia uma viagem de seis dias pela Turquia e pelo Líbano, com foco nas raízes do cristianismo e no ecumenismo. O roteiro inclui Iznik, Istambul, Ankara e Beirute, buscando diálogo com ortodoxos, muçulmanos e comunidades cristãs. A visita ocorre em meio a tensões regionais e aos 1.700 anos do Concílio de Niceia.
Entre os momentos-chave estão a oração em Iznik na sexta-feira, encontro com autoridades turcas e participação na Mesquita Azul em Istambul. O Pontífice deve divulgar mensagens de convivência, tolerância e paz, além de dialogar com o patriarcado ortodoxo de Constantinopla e Bartolomé I.
A programação prevê cerimônia conjunta no sábado, na igreja do Patriarcado, seguida da assinatura de uma declaração com Bartolomé I. Também fica em pauta uma possível aproximação para unificar a data da Páscoa entre católicos e ortodoxos, tema apoiado pelo Papa em anos recentes.
Contexto regional e histórico
No Líbano, o Papa permanecerá de 30 de novembro a 2 de dezembro, visitando Beirute e áreas associadas à explosão portuária de 2020. O país vive conflitos internos e tensões externas, com impacto humano significativo e necessidade de diálogo entre credos.
Perspectiva de desdobramentos
A viagem destaca o esforço do Vaticano em estabelecer pontes com igrejas orientais e com comunidades locais afetadas pela violência. O encontro com líderes ortodoxos pode sinalizar avanços na prática ecumênica, sem, entretanto, antecipar grandes mudanças institucionais.