- A eleição geral de Myanmar começa em 28 de dezembro de 2025, em meio a guerra civil e crise humanitária, com críticas de que é uma farsa para manter o regime no poder.
- A campanha está menos vibrante do que em pleitos anteriores, com moradores relatando pouca mobilização nas ruas e presença visível restrita ao Partido União pela Solidariedade e Desenvolvimento (USDP).
- O pleito será realizado em três fases: a primeira em 28 de dezembro de 2025, a segunda em 11 de janeiro de 2026 e a terceira em 25 de janeiro de 2026, abrangendo 265 de 330 distritos.
- Organizações internacionais e grupos de direitos humanos dizem que as eleições ocorrem em ambiente de violência e repressão, com temores sobre participação.
- A junta afirma que a eleição não envolve coerção, enquanto a oposição denuncia pressões e riscos para quem vota ou não vota.
A campanha eleitoral que antecede as eleições gerais de Myanmar, que começam neste domingo, perde a energia de pleitos anteriores. Moradores relatam clima de tensão em meio a guerra civil e crise humanitária, com críticas de que o pleito serve para consolidar o poder da junta.
A Junta sostiene que o pleito tem apoio popular, mas organismos internacionais, governos ocidentais e grupos de direitos humanos questionam a legitimidade do processo. A votação ocorre em meio a críticas sobre uso de poder e controle político por parte do governo militar.
Três moradores de Yangon, cidade com parte do eleitorado no pleito de domingo, disseram sentir pouca atividade de campanha. Em Mandalay, a inexistência de comícios foi mais evidente, com apenas santinhos e grande presença de seguranças.
__Cenário de campanha sob controle militar__
O Partido União Solidária e de Desenvolvimento (USDP), ligado aos militares, é o que apresenta maior presença nas ruas, segundo os entrevistados. As eleições são divididas em três fases, cobrindo 265 de 330 distritos, com datas definidas para cada região.
Observadores internacionais destacam que civis enfrentam ameaças para votar e para não votar. A ONU reforçou que o ambiente é de violência e repressão, enquanto a oposição afirma que não há pressão direta para votar contra a participação.
O governo de Myanmar afirma que não há coerção ou restrições para participação. Um veículo oficial publicado em meio estatal sustenta que o pleito é uma saída para o estado de exceção e retorno a um marco legal.
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