Voo da Tui Airways é interrompido após falha na pressurização expor passageiros a risco de hipóxia
Um voo da Tui Airways, com 193 passageiros, precisou ser interrompido em 17 de outubro de 2023, devido a uma falha na pressurização da cabine enquanto sobrevoava Lincolnshire, na Inglaterra. Um relatório da Agência de Investigação de Acidentes Aéreos (AAIB) indicou que os passageiros estavam expostos ao risco de hipóxia, uma condição que ocorre quando o cérebro não recebe oxigênio suficiente. A aeronave, um Boeing 737-8K5, retornou ao Aeroporto de Manchester sem feridos.
A investigação revelou que os interruptores de ar comprimido, responsáveis pela regulação da pressão interna, estavam desligados após manutenção no sistema de ar-condicionado. Essa falha não foi detectada pela tripulação durante as verificações de segurança pré-voo. Um engenheiro acreditava que os interruptores estavam na posição correta, enquanto outro não percebeu que estavam desligados. Os pilotos também não identificaram o erro antes ou após a decolagem.
Após o alerta de altitude da cabine, os pilotos religaram os interruptores, mas não seguiram outras recomendações do Manual de Reação Rápida (QRH), como o uso de máscaras de oxigênio. O relatório sugere que a equipe acreditava que a religação dos interruptores era suficiente, considerando outras ações como "desproporcionais". A falta de uso das máscaras poderia ter proporcionado proteção imediata contra a hipóxia.
O sinal de alerta permaneceu ativo por 43 minutos antes que a tripulação decidisse interromper a subida e consultar a equipe de manutenção. O capitão optou por retornar a Manchester. A hipóxia cerebral pode ocorrer em altitudes elevadas ou devido à perda de pressão, e seus sintomas são difíceis de perceber, conforme indicado pela Administração Federal de Aviação (FAA). A CNN buscou um comentário da Tui sobre o incidente.