Um homem de 25 anos, Marcelo Barbosa do Amaral, relatou à Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo que foi ameaçado pelo policial Luan Felipe Alves Pereira antes de ser jogado de uma ponte. Segundo Marcelo, o PM teria dito: "Você tem duas opções: ou você pula da ponte ou eu jogo você e sua moto daqui." O incidente ocorreu na Zona Sul da capital, onde Marcelo afirmou que não havia agredido os policiais e que sua moto não era roubada.

Após ser empurrado para o córrego, Marcelo conseguiu sair com a ajuda de pessoas em situação de rua. Ele foi levado a uma unidade de pronto-atendimento (UPA) e relatou ter sofrido lesões na cabeça devido a golpes de cassetete, não pela queda. O policial Luan foi preso preventivamente e seu advogado, Wanderley Alves dos Santos, argumentou que seu cliente está sendo tratado injustamente, destacando um "clamor popular" e uma "antecipação da culpa."

A defesa do policial alega que ele deveria responder apenas por lesão corporal, sem necessidade de prisão. Wanderley mencionou um contexto mais amplo, citando "diversas fugas de motocicletas" e eventos em bailes funk que, segundo ele, não estão sendo considerados. A defesa prepara um pedido de habeas corpus e espera que a pressão pública não interfira no processo.

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) afastou 13 policiais envolvidos na ação, que estavam dispersando um baile funk nas proximidades. O caso gerou pressão sobre o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que descartou a possibilidade de mudanças na liderança da SSP.