Um comerciante de 33 anos, Antônio Gaspazianne Mesquita Chaves, foi assassinado em 9 de junho de 2023, em Vila Isabel, Rio de Janeiro. Ele era sócio de vários bares e estava sendo seguido por um motociclista enquanto realizava uma ronda em seus estabelecimentos. O crime ocorreu quando dois homens em um carro cinza dispararam 17 […]
Um comerciante de 33 anos, Antônio Gaspazianne Mesquita Chaves, foi assassinado em 9 de junho de 2023, em Vila Isabel, Rio de Janeiro. Ele era sócio de vários bares e estava sendo seguido por um motociclista enquanto realizava uma ronda em seus estabelecimentos. O crime ocorreu quando dois homens em um carro cinza dispararam 17 vezes contra ele, enquanto aguardava em um sinal. As investigações da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) revelaram que Gaspazianne estava desviando dinheiro das máquinas caça-níqueis de seus bares, o que pode ter motivado o assassinato.
As apurações apontaram que Gaspazianne adulterava os lacres das máquinas para aumentar sua porcentagem do faturamento, que era de R$ 4 mil por dia. O contraventor Adilson Oliveira Coutinho Filho, conhecido como Adilsinho, foi identificado como o chefe que controla a jogatina na região. Após o crime, a polícia apreendeu dez máquinas caça-níqueis em outro bar de Gaspazianne, todas com o mesmo dispositivo de identificação. O assassinato expôs a intensa disputa pelo controle do jogo ilegal nas zonas Sul e Norte do Rio.
A nova cúpula do jogo, que inclui Adilsinho e outros, está se expandindo após a prisão de rivais e a morte de antigos líderes. A investigação revelou que a contravenção está se adaptando ao mercado digital, buscando novas fontes de receita em meio à queda do faturamento com jogos tradicionais. As máquinas caça-níqueis, que antes rendiam até R$ 2 mil por semana, agora geram apenas R$ 500. A nova cúpula também está envolvida em tentativas de controlar o mercado de apostas online, com planos para criar plataformas que operem legalmente.
O assassinato de Gaspazianne e a subsequente investigação revelaram um cenário de violência e poder no mundo da contravenção fluminense. A DHC identificou os responsáveis pelo crime e a conexão com a disputa entre grupos criminosos. O caso ilustra a complexidade e a brutalidade do jogo ilegal no Rio, onde a luta pelo controle das máquinas e das apostas online se intensifica, refletindo mudanças significativas na geopolítica da contravenção.
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